segunda-feira, setembro 29, 2003

Tópico Número 5

Formas-pensamento

O
impacto das convicções


Talvez
aquele pequeno
duende não existisse. Considere a existência
de uma forma-pensamento limitadora pela qual você é totalmente
responsável – mas da qual não está consciente. O que você
acha que poderia acontecer, numa entrevista, para alguém que
tivesse a convicção de que: “Eu simplesmente não me dou bem
em entrevistas”? Essa pessoa provavelmente diria alguma coisa
não-intencional no momento mais inoportuno. Isso poderia ser
chamado de auto-sabotagem, porém, mais que provavelmente,
há uma convicção limitadora em ação.


O
que estou
falando parece sutil, mas você pode ver o impacto
significativo que essas convicções limitadoras têm na sua
vida? Aqui está um exemplo da vida real.


Cerca
de um ano atrás,
eu estava trabalhando com um cliente
– vou chamá-lo de Pete – que estava fazendo um serviço de
pesquisa de âmbito nacional. Passamos muitas horas juntos,
nas quais eu praticamente apenas ouvia e observava a frustração
dele. Pete estava encontrando muitas dificuldades para decidir
o que queria fazer. Parecia que todos os dias estava animado
com algo novo e voltado para uma direção diferente.


Eu
tinha apresentado
os meus conceitos sobre os sistemas
de convicções para Pete e ele tinha uma compreensão intelectual
do que eu estava dizendo, mas ainda não tinha tido um “estalo”
mais profundo. À medida que ele e eu trabalhamos mais profundamente,
comecei a tomar nota das convicções limitadoras que freqüentemente
eu o ouvia declarar. As convicções que eu mais ouvia eram:




• “Há um preço a pagar por cada coisa.”

• “É impossível ter tudo.”

• “Nada é o que as pessoas pensam que é.”


Pete
e eu
discutimos essas convicções expressas com freqüência
e era claro que, muito embora ele tivesse uma idéia intelectual
do conceito “as convicções determinam a experiência”, ele
não a havia incorporado. Ele estava totalmente inconsciente
de que essas convicções estavam agindo. Ele estava tão acostumado
ao seu modo de agir que isso se havia tornado invisível para
ele.


Uma
vez
que discutimos essas convicções limitadoras abertamente,
ele conseguiu entrar em contato com elas. Ele havia crescido
com elas – eram as mesmas convicções de seu pai.


Você
pode ver
o quanto alguém, agindo com essas convicções,
teria dificuldade para tomar uma decisão? Ele estava se estabelecendo.
Só havia uma decisão correta para tomar e era melhor que fizesse
a escolha certa ou teria de pagar mundos e fundos.


Poucos
dias
depois da nossa discussão, Pete veio ao meu consultório
para dizer-me que havia compartilhado a sua nova revelação
com a sua corretora de imóveis. Ele estava relatando para
ela a sua convicção de que “as coisas não são o que parecem”
quando ela respondeu: “Você está certo! Todos os meus clientes
têm agendas secretas.” Sem hesitação, Pete declarou: “...
e ela é corretora há dez anos!”


Pete
ainda estava
procurando evidências para provar que a sua
convicção era verdadeira – para todos.


Depois
que mostrei
que a sua amiga estava apenas atraindo clientes
que confirmassem a convicção dela, ele começou a entender
o que eu dizia. Ele estava ficando mais consciente e podia
começar o processo de afastar as convicções que estavam atrapalhando
o seu caminho.

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