segunda-feira, dezembro 31, 2012

Alessandra Rotenberg:

"Um poema é feito de quantas vozes?
Obrigada por dividirem comigo suas impressões e suas palavras = )
Envio aqui a versão final (?), com a participação de Gustavo Kritski eEdder Cenoura

Um pescador
ou 
o arador do céu e do mar

Fim de Tarde.
Um pescador passa recolhendo as redes.
Desfaz devagar a silhueta do horizonte,
lançado na tarefa quase impossível
de desfiar a tarde em franjas de sol.

Noite.
Um pescador passa recolhendo as horas.
Desfaz a trama de sua rede de pesca,
lançado na tarefa quase infinita
de desfiar o mar em seus fios de água.

Madrugada.
Um pescador passa recolhendo as lanternas.
Desfaz o pontilhado de luz na água,
lançado na tarefa quase eterna
de desfiar a noite em fiapos de sombra.

Amanhecer.
Um pescador passa recolhendo as estrelas.
Desfaz o traçado invisível das linhas,
lançado na tarefa quase sem fim
de desfiar o céu em seus traços de cor."

domingo, dezembro 30, 2012

Gandhi e a Marcha do Sal

Gandhi e a Marcha do Sal
"
“A não-violência significa revidar, mas revidamos com outras armas.”
...
A ação de RESISTÊNCIA pacífica ficou conhecida como a Marcha do Sal.
...
“Ele entendeu que o controle da Índia dependia da cooperação dos indianos e não da coerção britânica”. Como era possível 100 mil soldados controlarem 350 milhões de pessoas? Ele dizia: “Não devemos odiar os britânicos, eles não tiraram a Índia de nós, fomos nós quem a demos a eles”.
...
A nação inteira deveria ficar paralisada em uma ação de DESOBEDIÊNCIA CIVIL em massa.
...
Ele escreveu ao vice-rei dizendo que iria fazer sal ILEGALMENTE e que chamaria os indianos a fazer o mesmo.
...
Pedia que as pessoas fiassem seu algodão e parassem de CONSUMIR os tecidos britânicos, alertando sobre a perda de milhões de empregos. O Kadhi se transformou em uniforme informal do movimento de LIBERTAÇÃO.
...
O país entrou em comoção. Gandhi disse: “Hoje desafiamos a lei do sal. Amanhã nós teremos que jogar outras LEIS na lata do lixo.
...
Quem não vai preso BOICOTA lojas que vendem produtos britânicos e fazem PIQUETES."
...
Em janeiro o GOVERNO resolve negociar e solta Gandhi e outros líderes.
...
O processo revelou a injustiça e acabou com o consentimento indiano em relação à dominação estrangeira.
O POVO havia acordado para o seu próprio PODER e se colocado na estrada da independência, que viria a acontecer 16 anos depois, em 1947.

________________________

Matéria na íntegra:

Gandhi e a Marcha do Sal
“Recusar-se de forma não-violenta a cooperar com a injustiça é uma forma de revidá-la.”

“A não-violência significa revidar, mas revidamos com outras armas.”

Em 1930, Mohandas Gandhi, então com sessenta anos, marchou com milhares de indianos até o mar. A ação de resistência pacífica ficou conhecida como a Marcha do Sal. A Satyagraha do Sal.

Gandhi pretendia acabar com a servidão da Índia à colonização britânica. “Ele entendeu que o controle da Índia dependia da cooperação dos indianos e não da coerção britânica”. Como era possível 100 mil soldados controlarem 350 milhões de pessoas? Ele dizia: “Não devemos odiar os britânicos, eles não tiraram a Índia de nós, fomos nós quem a demos a eles”.

Assim exortou seu país a parar de fazer qualquer coisa que os britânicos quisessem. A nação inteira deveria ficar paralisada em uma ação de desobediência civil em massa.

Para atingir este objetivo, Gandhi encontrou uma situação específica entre todas as que aconteciam sob a dominação britânica, que eram as taxações e o monopólio do sal. O sal foi escolhido por ser um símbolo poderoso: “Ali há algo de que todos precisamos, por que isso deveria ser taxado?”.

Ele escreveu ao vice-rei dizendo que iria fazer sal ilegalmente e que chamaria os indianos a fazer o mesmo. Assim começou a marcha, que durou cerca de um mês e que atravessou um percurso de quase 400 km até o mar. Gandhi esperava ser preso nesta ação.

No caminho até o mar, durante as paradas dizia às pessoas que deveriam boicotar o governo, e que funcionários públicos indianos deveriam deixar seus empregos. Perguntava quantos estavam usando o Kadhi, que era a vestimenta que usava, feita com tecido indiano.

Durante duas horas ele fiava o algodão, todos os dias. Pedia que as pessoas fiassem seu algodão e parassem de consumir os tecidos britânicos, alertando sobre a perda de milhões de empregos. O Kadhi se transformou em uniforme informal do movimento de libertação.

Milhares de pessoas acompanharam a marcha, e quando Gandhi chegou finalmente ao litoral falou, na véspera da ação, para doze mil pessoas: “Segurem o sal em suas mãos e pensem que ele vale 60 milhões de rúpias. Isto é o que o governo britânico vem tirando de nós com o monopólio do sal”.

No dia seguinte Gandhi tomou o sal em suas mãos e milhares de indianos fizeram o mesmo. O país entrou em comoção. Gandhi disse: “Hoje desafiamos a lei do sal. Amanhã nós teremos que jogar outras leis na lata do lixo. Nós realizaremos tanta não-cooperação que no final será impossível à administração prosseguir”.

Um mês depois, em 04 de maio, Gandhi escreve para o vice-rei dizendo que iriam tomar as salinas do governo na cidade de Dharasana, dando-lhe três opções:

“Acabe com a taxa de sal”

“Prenda os atacantes”

“Quebre-lhes a cabeça”

Na manhã seguinte Gandhi foi preso. Sua prisão vira uma tempestade e acontece uma paralisação geral. O vice-rei, Lorde Irwin, anuncia medidas de emergência: reuniões políticas proibidas, imprensa censurada e dissolvido o conselho ativo do congresso nacional indiano.

Milhares são presos, como Gandhi deseja. Ser preso era motivo de orgulho para as pessoas. Disse um menino: “Papai, dessa vez não será menos de dois anos”, esperando que ele não voltasse em apenas três meses.

Dia 15 de maio acontece o ataque às salinas, sem Gandhi. Fala a poetisa Sarojini Naidu: “Vocês não devem usar de violência em quaisquer circunstâncias. Vocês serão espancados mas não devem resistir. Não devem nem levantar a mão para se defenderem das pancadas”.

Duas mil e quinhentas pessoas enfrentam os guardas e são violentamente espancadas. Não esboçam uma única reação e continuam avançando até caírem, uma a uma, no chão.

A tortura gera uma revolta geral e 17 mil são presos. Gandhi diz: “No momento em que as leis dos poderosos são desobedecidas o poder desaparece”. Quem não vai preso boicota lojas que vendem produtos britânicos e fazem piquetes. Mais prisões.

O comércio britânico com a Índia, a “jóia da coroa do maior império colonial”, cai 25%. Três em cada quatro lojas de tecidos estrangeiros são fechadas.

Em janeiro o governo resolve negociar e solta Gandhi e outros líderes. Ele aceita negociar, mas garante que a produção de sal e os boicotes vão continuar. É o primeiro indiano a encontrar-se com um governante britânico em igual posição.

Negociam durante três semanas, o vice-rei se recusa a ceder em relação às leis do sal e aos tecidos importados, pois essas concessões “iriam indispor seus colaboradores indianos”.

Gandhi assegura a libertação dos presos políticos e a suspensão das medidas de repressão. Ele pede para que parem com a desobediência civil.

As questões constitucionais são deixadas para posterior discussão em Londres. Havia muitas pessoas que não estavam satisfeitas. Achavam que talvez Gandhi estivesse cedendo ou que talvez estivesse saindo do seu caminho.

Seu argumento era sempre o de que aquele movimento não era em vão, pois era com tais movimentos que se estava treinando as pessoas e que não se pode conseguir tudo de uma só vez. “Nós cedemos e reunimos nossas forças, treinamos e, então, damos o passo seguinte”.

Um ano após a Marcha do Sal, a Índia permanece sob domínio britânico, mas a Grã-Bretanha já não tinha pretensão de que estava ali legitimamente. O processo revelou a injustiça e acabou com o consentimento indiano em relação à dominação estrangeira.

O povo havia acordado para o seu próprio poder e se colocado na estrada da independência, que viria a acontecer 16 anos depois, em 1947.

Um mês depois Gandhi é assassinado por um hindu, que não aceitava o apoio de Gandhi a união entre hindus e muçulmanos na Índia. Esta união não aconteceu, nascendo assim o Paquistão.

Mohandas Karamchand Gandhi ficou conhecido como Mahatma Gandhi, a grande alma.

sábado, dezembro 29, 2012

‎"And be a simple kind of man
Be something you love and understand
Baby, be a simple kind of man
.
Boy, don't you worry, you'll find yourself"

http://www.youtube.com/watch?v=sHQ_aTjXObs
Até entendo a roupa como um sinal ou um esconderijo, mas como indispensável não faz sentido....
Tão perto do abismo ainda se vê
passa o rio
Tem gente q não se ama
Mas ama o bicho
Tem gente homofóbica
q ama o namorado do filho
Tem polícia q não precisa matar ladrão
Tem grandes religiosos q mudam d religião
Tem padre mau, tem padre bom
Tem boas razões, racionalistas ruins
Tem câncer q faz bem
Morte q vai e vem
Tem doença q não se vê
Tem tormento q é só orgulho
Tem injustiças sociais nada milagrosas
Tem engajamentos mágicos: do médico ou do leigo
“De boas intenções o inferno está cheio”
Abismo
O rio contorna
Ou o rio cai no precipício?
O rio evapora
O rio congela
O rio chove pro céu
O rio é berçário
O rio é bebido
O rio não quer nada
Mesmo q seque
desaparece
não pode morrer
Se o rio contorna
Se o rio cai
Vira mar, vira cachoeira, vira chuva
Continua
E vc?
É importante ser humano!
Para o peixe?
Será q eles batem as cabeças nas pedras?
Precisam d 9 meses pra nascer?
Como vc vai viver?

Vc é
só uma parte do rio
 
05.07.2011
SuN
 
"Já sei que não vai ter jeito
Pra poder te conquistar
Se você olhar pra mim, menina
Vou te amar"

Melhor ainda com Hugo cantando, numa noite linda, dentro do bus, a caminho do ENGA em Viçosa! :)

sexta-feira, dezembro 28, 2012

"Resistir
Ao que pode o pensamento
Saber chegar no seu melhor
momento..."

quinta-feira, dezembro 27, 2012

PUSSY RIOT - anda punk russa d protesto



CONHEÇA O PUSSY RIOT


Talvez você já tenha ouvido falar da Pussy Riot. Elas são uma banda punk feminista anônima com letras abertamente anti-Putin que se recusa a tocar em casas de show normais e tenta derrubar o governo russo. A banda foi formada setembro passado, depois que Putin anunciou que ia se candidatar novamente à presidência em março de 2012 — uma perspectiva assustadora já que pobrezaataques terroristas, corrupção e perda de direitos civis têm sido as principais características do seu reinado no Kremlin.
Desde sua formação, o Pussy Riot virou manchete com uma série de shows ilegais num esquema de guerrilha, incluindo tocar “Revolt in Russia” na simbólica Praça Vermelha em janeiro deste ano. No final desse show elas foram presas por quebrar as rígidas leis russas a respeito de protestos ilegais, mas daquela vez todas as oito colegas de banda foram libertadas.
Infelizmente isso não durou muito. No dia 21 de fevereiro a banda fez um show na Catedral do Cristo Salvador em Moscou e foram presas por acusações do show anterior, logo antes da eleição de 3 de março na qualPutin retornou ao poder. Dessa vez nem todas foram liberadas: duas delas, Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhin continuam sob custódia e deram início a uma greve de fome, afirmando que só vão parar quando retornarem para seus filhos. Todas elas podem pegar sete anos de prisão se forem consideradas culpadas.
Abaixo está uma entrevista que fiz com a banda no meio de fevereiro, dias antes da prisão.
VICE: O que inspirou vocês a começarem a banda?
Kot: A Pussy Riot entrou em ação no final de setembro de 2011, logo depois do Putin anunciar que planejava ser presidente novamente e governar a Rússia brutalmente por pelo menos mais 12 anos.
Serafima: Certo, foi aí que percebemos que esse país precisava de uma banda militante de street punk feminista que pudesse tocar nas ruas e praças de Moscou e mobilizar a energia pública contra os bandidos da junta Putinista, enriquecendo a oposição cultural e política com temas que são importantes para nós: gênero e direitos LGBT, problemas da conformidade masculina e a dominância dos machos em todas as áreas do discurso político.
VICE: Por que “Pussy Riot”?
Garadzha: Um órgão sexual feminino, que deveria apenas receber, de repente começa uma rebelião radical contra a ordem cultural que tenta constantemente defini-lo e mostrar qual é o seu lugar. Os sexistas têm certas ideias de como as mulheres devem se comportar, e Putin também tem alguns pensamentos sobre como os russos devem viver. Lutar contra tudo isso — isso é a Pussy Riot.
Kot: Você não devia ter respondido essa pergunta, Garadzha, porque geralmente não fazemos isso. Quando os policiais e os agentes da FSB nos interrogam e perguntam: “O que essas letras em inglês no seu banner significam” (colocamos um banner durante alguns dos nossos shows ilegais e dificilmente qualquer um desses babacas sabe falar qualquer língua estrangeira) — então a gente geralmente responde “Bom, senhor policial, não é nada de especial, essas palavras significam 'Pussycat rebellion'”. Mas, claro, é uma mentira brutal. Na Rússia você nunca deve dizer a verdade para um policial ou agente do regime Putinista. 
Quais são suas influências musicais?
Kot: Algumas de nós se inspiram nas bandas clássicas de punk oi! do começo dos anos 80; The Angelic Upstarts, Cockney Rejects, Sham 69 e outras — todas essas bandas tem uma energia musical e social incrível, seu som rompeu a atmosfera de sua década, espalhando confusão por toda parte. A vibração deles realmente capta a essência do punk, que é o protesto agressivo.
Garadzha: Muito do crédito vai para o Bikini Kill e as bandas da cena Riot Grrrl — de certa maneira nós desenvolvemos o que elas fizeram nos anos 90, embora o contexto seja absolutamente diferente, e com uma postura exageradamente política, o que leva todos os nossos shows a serem ilegais — nunca fizemos um show num clube ou em qualquer espaço especial para música. Esse é um princípio importante para nós.
Quais são suas principais influências feministas?
Serafima: Em teoria feminista seria De Beauvoir com O Segundo Sexo, Dvorkin, Pankhurst com suas corajosas ações sufragistas, Firestone com suas teorias de reprodução loucas, Millett, o pensamento nômade de Braidotti e Judith Butler.
Garadzha: E como foi dito antes, em termos de cenas musicais feministas, ativismo e construção de comunidade, nós damos o crédito ao movimento Riot Grrrl.
A Pussy Riot está procurando de novos membros?
Garadzha :Sempre! A Pussy Riot precisa continuar se expandindo. Essa é uma das razões porque escolhemos usar sempre balaclavas — novos membros podem se juntar ao grupo e realmente não importa quem vai fazer parte do próximo show — podem ser três de nós ou oito, como nosso último show na Praça Vermelha, ou até 15. A Pussy Riot é um corpo pulsante em crescimento.
Tyurya: Você conhece alguém que queira vir para Moscou, tocar em concertos ilegais e nos ajudar a lutar contra Putin e os russos chauvinistas? Ou talvez as pessoas possam começar suas Pussy Riots locais, se acharem que a Rússia é muito distante e muito gelada.
Melhor eu arranjar uma balaclava neon pra mim também. Vocês se preocupam com a perseguição da polícia ou do Estado conforme vocês ficam mais e mais conhecidas?
Kot: Não temos nada com que nos preocupar, porque se os bandidos repressivos Putinistas jogarem uma de nós na cadeia, cinco, dez, 15 garotas mais vão colocar balaclavas coloridas e continuar a luta contra seus símbolos de poder.
Serafima: E hoje, com dezenas de milhares de pessoas tomando as ruas rotineiramente, o estado vai pensar duas vezes antes de tentar fabricar um caso criminal para nos tirar de circulação. Temos muitos fãs nas massas de protesto russas. 
Quais são as razões por trás da decisão de se manter anônimas?
Serafima: Nosso objetivo é nos afastar das personalidades em direção aos símbolos de protesto puro.
Tyurya:Trocamos frequentemente de nomes, balaclavas, vestido e papéis dentro do grupo. Alguém sai, um novo membro se junta ao grupo e a escalação em cada apresentação de guerrilha da Pussy Riot pode ser inteiramente diferente.
Como vocês vêm a Rússia sob um novo governo liderado por Putin?
Serafima: Como você via a Líbia sob o governo de Gaddafi? Como você vê a Coreia do Norte sob o governo de Kim Jong-un, o “brilhante camarada” de 28 anos? Para nós, a Rússia sob o governo de Putin, aka “o Líder Nacional”, não é diferente.
Tyurya: Como uma ditadura de Terceiro Mundo com todas as suas características divertidas e cheias de classe: uma horrível economia baseada em recursos naturais, níveis inacreditáveis de corrupção, ausência de tribunais independentes e um sistema político disfuncional. E sob o governo de Putin é bom se preparar para mais uma década de sexismo brutal e conformismo com as políticas oficiais do governo.
O que vocês acham sobre os outros grupos antigovernamentais, como o Voina e o Femen da Ucrânia?
Tyurya: O Voina é legal, acompanhamos eles de perto, gostamos mais do seu período de 2007-2008, quando eles fizeram ações simbólicas muito loucas como o "Fuck for the heir Puppy Bear" na véspera das eleições presidenciais de 2008. Eles desenharam uma caveira com os ossos cruzados com laser verde no parlamento russo e fizeram um enforcamento cerimonial de homossexuais e imigrantes ilegais como um presente para o prefeito de Moscou, foram coisas poderosas.
Serafima: Nossa opinião sobre o Femen é uma história complicada. Por um lado elas exploram uma retórica muito masculina e sexista em seus protestos — os homens querem ver garotas nuas agressivas sendo atacadas por policiais. Por outro lado, sua energia e capacidade de continuar em frente não importa o que aconteça é incrível e inspiradora: um dia elas estão na Suíça escalando a cerca do Fórum Econômico Mundial e no outro já estão em Moscou atacando o quartel general da maior produtora de gás natural russa. E mesmo depois de terem sido torturadas e humilhadas pelos agentes da KGB na Bielorrússia, elas prometeram continuar lutando ainda mais. Energia é uma coisa muito importante nos dias de hoje; grupos de rua na Europa e na América frequentemente carecem de força, mas essas garotas realmente têm isso.
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=mmyZbJpYV0I 
Qual foi o show favorito de vocês?
Garadzha: Fora o da Praça Vermelha, todas nós realmente gostamos do nosso show no telhado de um dos prédios do Centro de Detenção de Moscou, onde as pessoas foram presas depois dos protestos pós-eleição do dia 5 de dezembro. Os presos políticos podiam nos ver de dentro das celas e gritavam e aplaudiam enquanto a gente tocava “Death to Prisons — Freedom to Protest”. Os guardas e os funcionários da prisão ficaram correndo de um lado pro outro porque não sabiam como tirar a gente imediatamente daquele telhado. Eles ficaram tão assustados que ordenaram um trancamento total imediato — acho que eles pensaram que ia começar um cerco ao Centro de Detenção depois que a gente terminasse de tocar. Foi muito legal.
Vocês têm planos de armar shows nas aparições públicas do Medyved ou do Putin?
Tyurya: Putin tem muito medo de fazer qualquer aparição realmente pública — todas as suas “reuniões públicas” são fortemente vigiadas, com partidários do Kremlin gritando e mandando beijos. Mas um dia vamos pegá-lo desprevenido, com certeza.
Serafima: Então é melhor ele dar o fora antes da gente conseguir por as mãos nele. Que o Putin nunca queira encontrar a Pussy Riot cara a cara!

Foto de soldados alemães e ingleses jogando bola no episódio que ficou conhecido como "Trégua de Natal", 1914.

A "trégua de natal" foi um episódio curioso da Primeira Guerra Mundial e um marco na história. Durante os últimos dias de dezembro, soldados alemães, na região de Ypres, Bélgica, decoraram suas trincheiras com velas e enfeitaram algumas árvores em decorrência da chegada do natal.

Começaram, então, a cantar canções natalinas alemãs. Observando o que se passava nas trincheiras inimigas, soldados ingleses começaram a cantar suas próprias canções. Nesse momento, ambos os lados passaram a saudar um ao outro; era véspera de natal e, por 6 dias, a guerra cessou.

De forma não oficial, soldados inimigos fizeram uma trégua em meio às batalhas e promoveram o cessar fogo para celebrarem juntos o natal, trocando presentes, cantando canções natalinas e até jogando partidas de futebol, como é mostrado na foto.

O episódio nunca mais se repetiu após aquele dezembro de 1914, tornando-se quase um mito e, de fato, um marco histórico.

Foto do acervo do Museus da Guerra Imperial (http://www.iwm.org.uk/history/the-christmas-truce

Foto: Foto de  soldados alemães e ingleses jogando bola no episódio que ficou conhecido como "Trégua de Natal", 1914.

A "trégua de natal" foi um episódio curioso da Primeira Guerra Mundial e um marco na história. Durante os últimos dias de dezembro, soldados alemães, na região de Ypres, Bélgica, decoraram suas trincheiras com velas e enfeitaram algumas árvores em decorrência da chegada do natal.

Começaram, então, a cantar canções natalinas alemãs. Observando o que se passava nas trincheiras inimigas, soldados ingleses começaram a cantar suas próprias canções. Nesse momento, ambos os lados passaram a saudar um ao outro; era véspera de natal e, por 6 dias, a guerra cessou.

De forma não oficial, soldados inimigos fizeram uma trégua em meio às batalhas e promoveram o cessar fogo para celebrarem juntos o natal, trocando presentes, cantando canções natalinas e até jogando partidas de futebol, como é mostrado na foto.

O episódio nunca mais se repetiu após aquele dezembro de 1914, tornando-se quase um mito e, de fato, um marco histórico.

Foto do acervo do Museus da Guerra Imperial (http://www.iwm.org.uk/history/the-christmas-truce)
Ai, gente! Será q o lugar do passado já passou?
Sabia q não ia dar certo revirar as velhas lembranças... lembrar d pessoas q talvez não existam mais! Bom... vamos lá!


Martini Machica - Faith no More

Sente só:

"One minute here and one minute there
Don't know if I'll laugh or cry
One minute here and one minute there
And then you wave good-bye..."

("From Out Of Nowhere" de Faith No More por Martini Machine - banda do Jean!)

http://www.youtube.com/watch?v=-48QxOjwcVM


Foto: O ego certamente é uma ilusão.
A incerteza é a base da vida.

[Deepak Chopra]

A Imaginação é parente do infinito!

Foto

Perdoar... interromper...

Perdoar

"A palavra PERDOAR em latim significa – PER (por, parar) e DONUM (dom, presente, dádiva) e, ainda, entendido como derivado do verbo DARE (dar, doar). Ou seja, é fazer uma doação para interromper o ódio e o desejo de vingança.
Em inglês - Perdão significa “FORGIVE”, transmite a mesma idéia: “para doar”. 
PERDOAR é dar liberdade, livrar-se de qualquer culpa ou peso. Ao doar, o coração torna-se leve e livre. "

MEC suspende vestibular de dois cursos da UFF e pune também UFRJ e Rural


MEC suspende vestibular de dois cursos da UFF e pune também UFRJ e Rural

  • Federal Fluminense não pode oferecer vagas em Arquitetura e Ciências Sociais para 2013
  • UFRJ perde autonomia acadêmica de quatro cursos




Lauro Neto (Email)
Publicado: 
Atualizado: 


RIO - O Ministério da Educação (MEC) publicou, nesta quarta-feira (19), no Diário Oficial da União, a lista de 200 cursos que terão seus vestibulares suspensos porque tiveram índice insatisfatório (nota menor que 3) no Conceito Preliminar de Cursos (CPC) nas avaliações de 2008 e 2011. A Universidade Federal Fluminense (UFF) não poderá abrir processos seletivos para as faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Ciências Sociais (licenciatura), que ficarão de fora do Sistema de Seleção Unificado (Sisu). Ao todo, são seis as federais em todo o país que tiveram vestibulares suspensos.



O governo federal divulgou ainda a relação de cursos que, por conta do baixo desempenho na avaliação, perderam sua autonomia acadêmica, e não podem mais ampliar seu número de vagas sem autorização do MEC. Nesta lista, há 27 cursos da UFF, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal Rural (UFRRJ).

A UFRJ terá a autonomia acadêmica suspensa em 16 cursos. O departamento de Letras é o mais afetado, com 12 cursos punidos dessa forma, além das faculdades de Geografia (licenciatura), Pedagogia (licenciatura), Ciências Sociais e Educação Física (licenciatura). Na UFF, estão na lista, além dos cursos de Ciências Sociais e Arquitetura, as licenciaturas em História, Pedagogia e Matemática, além de Geografia (bacharelado), Engenharia Agrícola, Engenharia Mecânica e Ciências Sociais (bacharelado). Da Rural, aparecem na lista dois cursos de bacharelado em Matemática .

Em todo o país, outras cinco universidades federais terão os vestibulares suspensos: a Universidade Federal do Pará (Engenharia Mecânica, Letras e Pedagogia), Universidade Federal de Pernambuco (Engenharia Cartográfica), Universidade Federal de Roraima (Matemática), Universidade Federal de Uberlândia (Ciências Sociais) e Universidade Federal de Viçosa (Geografia).

No Estado do Rio, um total de 20 cursos de 11 instituições de ensino superior tiveram seus vestibulares suspensos. Entre estes, o curso de Matemática (licenciatura) da Estácio de Sá, de Arquitetura e Urbanismo da Santa Úrsula e de Computação (bacharelado) da Faculdade Paraíso, em São Gonçalo.

Roberto Salles, reitor da UFF, criticou duramente a avaliação do MEC e os alunos dos cursos reprovados, que, segundo ele, boicotaram o Enade, fazendo a nota cair. Para Salles, o MEC deve impedir os estudantes que não fizeram a prova de tirar o diploma, além de fechar os cursos, inclusive os da UFF.

- Temos um sistema de avaliação falido e doente, que coloca ITA, IME e FGV, que tem um curso só, num mesmo rol de universidades que tem vários cursos. Mas se esse é o critério, com o qual não concordo, tem que botar para quebrar. Tem que fechar os cursos que estão ruins, inclusive os da UFF. Os alunos que arquem com as consequências. É um acovardamento o MEC não punir os estudantes que fazem boicote e entregam a prova em branco. Tem que ter coragem de não deixar se formar quem boicota o Enade. Infelizmente, poucos alunos, que são ligados a partidos políticos, prejudicam a universidade como todo. Ninguém vai querer fazer um curso com avaliação 2 - disparou Salles.

O reitor ressalta que cursos como História e Geografia têm boa avaliação na Capes.

- Nenhum curso recebe notas 6 e 7 na pós-graduação se a graduação é ruim.
Os 200 cursos que tiveram os vestibulares suspensos foram divididos pelo Ministério da Educação em dois grupos: os que apresentaram tendência positiva, ou seja, apesar de reincindirem no mau conceito, evoluíram de alguma forma; e os que foram avaliados com tendência negativa, não tendo nenhuma melhora ou ainda piorando o desempenho em relação a 2008. Os dois cursos da UFF estão na lista de tendência positiva.

Na UFRJ, os cursos penalizados estão liberados para realizar vestibulares, mas ficarão proibidos de aumentar o número de vagas em 2013, até que uma fiscalização in loco constate melhorias.
O reitor da UFRJ, Carlos Levi, justificou o mau desempenho com o boicote de alunos de Educação Física e Ciências Sociais ao Enade. Já em Geografia, Pedagogia e Letras, ele alega que a prova coincidiu com um concurso público para professores do estado. Levi disse que vai entrar com recurso junto ao MEC.

- Há uma coincidência nesses cursos que foram mal avaliados com uma posição de boicote. Os alunos da Educação Física e e Ciências Sociais foram fazer a prova, mas deixaram em branco. Se todos faltassem, não seria computado. No caso de Letras, Geografia e Pedagogia, houve uma coincidência infeliz pois o Enade ocorreu na mesma data de um concurso público para professores do estado. Isso impediu a participação de um grande contingente. De qualquer forma, vamos entrar com um recurso junto ao MEC para argumentar contra dados que nos parecem improcedentes - disse Levi.

Entre as ações exigidas pelo MEC para melhoria da qualidade estão a reestruturação do corpo docente, em 60 dias; a readequação da infraestrutura e do projeto pedagógico do curso, em 180 dias; além da obrigação de apresentar relatórios periódicos.

A proibição de matricular novos alunos atinge 207 cursos reprovados duas vezes - em 2008 e 2011. Dentre eles, 90 cursos apresentaram piora na avaliação de 2008 para 2011, caindo do conceito 2 para o conceito 1 no Conceito Preliminar de Cursos (CPC), que considera os resultados do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) e a qualidade da infraestrutura, do projeto pedagógico e dos professores. Eles poderão continuar funcionando, mas sem fazer vestibular nem matricular novos alunos em 2013.

Entre os cursos que tiveram a autonomia ou os vestibulares suspensos, 74 são de licenciatura, 51 são de engenharia, 36 de computação, 34 são de áreas tecnológicas e 5 são de Arquitetura e Urbanismo.

Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes conta 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15%, e o corpo docente, 30%. Na nota dos docentes, a quantidade de mestres pesa em 15% do total; a dedicação integral, 7,5% e o número de doutores, também 7,5%.
Ao todo, 672 cursos foram reprovados e serão obrigados a firmar protocolo com o MEC, assumindo o compromisso de sanar as deficiências apontadas na avaliação. Eles atendem 129 mil estudantes e representam 1,95% do universo de matrículas nos 6.083 cursos mantidos por instituições particulares e federais — as estaduais e municipais não são sujeitas à fiscalização do MEC. Desse total de 672 cursos com nota baixa, 465 foram reprovados pela primeira vez

Fonte: http://oglobo.globo.com/vestibular/mec-suspende-vestibular-de-dois-cursos-da-uff-pune-tambem-ufrj-rural-7095531

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Primeiro a viagem...
Não me faltam palavras, me faltam limites e tenho q criá-los e reconhece-los num exercício diário d beleza e d fracasso!

Gosto dos encontros q me inspiram e isso já é um presente q existe sem ter q ser dado! Encontros felizes e encontros tristes me inspiram. Mesmo assim, a inspiração q for já é um tipo d felicidade!

... Eis a foto q nos põe um pouco no nosso lugar! O universo q começa perto d nós, pelo céu, do qual só podemos fazer parte! E isso é a natureza: não elA ou O universo, mas tudo, tudo! Amebas não tem sexo e são naturais! Não podemos ser a referência para determinar o sexo da natureza (e conseguir mais uma mãe Terra ou um pai Deus)... Sempre acho q os biólogos vão me etender melhor nessas horas... rs

Assim, mesmo q haja dor ela está sempre em nós, nossos coletivos, e somos só uma parte e podemos fazer mais.

Fico pensando aqui na PAZ como uma coragem... força pra não irmos dormir só quando a saudade acabar ou não esperar algo dar certo pra nos sentirmos melhores. Ter a fragilidade não como algo a ser negado, mas ser ultrapassado com potencia. Podermos no apaixonar não só por pessoas, mas por vários aspectos da vida como pelo encontro com elas e não só elas mesmas e depender delas pra sermos felizes. "Gostar d algo com paixão torna o mundo administrável" (do filme "Adaptação"! Vejamos!)

Por fim, voltei com novas forças para a velha vida que envelhe com os anos e pode mudar com o tempo. Vi todos os passos em q me vi pra tras como avanço: quantas coisas ainda não sei fazer!

Dia 4 viajo. Vou pra outro Brasil, pra mim é algo fora do meu Brasil carioca, e adoro ultrapassar através d um sentimento q simplesmente brotou em mim as barreiras nacionais, sem ter q respeitar o nosso deturpado estado-nação! Vou lá nascer tb, confundir os estrangeiros e achar mais q me falte! :)

Um mosaico atraente.

http://www.facebook.com/photo.php?fbid=326688497389996&set=a.111841055541409.15021.100001465467046&type=3&theater

terça-feira, dezembro 18, 2012

A minha paciência se atracou como ela...

"A minha paz, faz tempo, ta querendo trégua
A minha paciência se atracou como ela"

(Banda Eddie - Eu to cansado dessa merda)

Banda Eddie - um luar perfeito...

"Se teu beijo tem sabor
Que delícia
Teu abraço, teu calor
Vai me incendiar
Que eu só quero teu amor
Menina
E esse sorriso encantador
Me fascina

Quem sabe eu encontre
Um luar perfeito
Pra te amar
Na beira do mar"

(Danada - Banda Eddie)

http://www.youtube.com/watch?v=6_mImaTJNCY

sábado, dezembro 15, 2012

Não somos sós, somos fruto de uma relação

Não somos sós, somos fruto de uma relação

Raciocinar é mais fácil do q sentir. Vamos desistir dessa colonização da razão! A razão não é pra imperar. Ela é só mais uma forma d conhecimento!

Nem sempre o que queremos vamos conseguir fazendo tb o que queremos. A vida não faz tanto sentido. Às vezes, pra conseguir algo q queremos, temos q fazer algo que não queremos!

Às vezes, queremos ter um relacionamento mais livre pq observamos muitas prisões nas nossas relações e nas dos outros, mas há limites não só intelectuais mas espirituais tb.

Sem contar q cada relação vai ser uma relação. Desconfio muito das pessoas q nunca sentem ciúmes, nunca sofrem, nunca tem inseguranças. Essas coisas são fruto d uma relação. Não é só tendo um ideal solitário na cabeça q se vai conseguir. Depende da pessoa com quem vc está tb! É mais difícil sentir ciúme se vc se sente incluído e amado! Se a atração do outro pelos outros não te exclui como pode ser num relacionamento aberto! Num relacionamento fechado isso quer dizer "automaticamente" que o outro não te ama, muitas vezes, pegando pelo comum.

Ás vezes, eu posso acabar caindo no infortúnio d amar uma pessoa monogâmica.... paradoxos da vida! Mas amarei, amarei bastante... pq "viver é melhor do q sonhar"*1 antes este infortúnio feliz do q uma conquista triste. Fazer do jeito q eu acho mais certo sem q aquilo esteja me trazendo felicidade!

Se eu der muita sorte, vou amar uma pessoa q aceite relacionamento aberto, mas sem usar isso como desculpa pra ser inconsequente!

*1 Citando minha bibliografia! rs

terça-feira, dezembro 11, 2012

Como não mentir sem falar a verdade? Ambiguidades...

Jim Morrison - rebelião interna!

“Tudo o que é desordem, revolta e caos me interessa;
e particularmente as atividades que parecem não ter
nenhum sentido. Talvez sejam o caminho para a liberdade.
A rebelião externa é o único modo de realizar a libertação interior.” Jim Morrison

quinta-feira, dezembro 06, 2012

...ashes to snow

Feather to fire,
fire to blood,
blood to bone,
bone to marrow,
marrow to ashes,
ashes to snow.

--Gregory Colbert
Huuuum...
- Sexualidade sagrada
- um rosto que aparece no torso
- histórias bem picantes e engraçadas
- a dimensão contagiante da alegria e do riso sagrado, junto com as festividades ...
... e assim esquecemos dos limites da nossa existência
- combinação de impulso sexual, natural e instintivo, e da arte altamente elaborada de amar
- o q é o amor? Amores.
energia criativa que une a sexualidade com espiritualidade
- corpo, cristandade, ciência, paganismo, religião, consumismo

Outros mundos possíveis

Acho muito interessante acessar outras religiões (inferiorizadas, as religiões pagãs foram enquadradas na categoria do "mito" = aquela religião q sabemos q não é verdade) e ver como era possível estabelecer fortemente outras relações frente ao que hj vira polêmica devido a uma moral cristã!

A deusa Baubo, a partir do olhar q este texto apresenta, é um dispositivo interessante! Ela une espiritualidade e sexualidade QUANDO o cristianismo relegou ao corpo um lugar tão marginalizado (se vc dá vc é biscate, se vc não dá vc é santa!). QUANDO hj, sexo com quem não se ama não pudesse ser tb um pouco d espírito. Como se o espiritual fosse sempre algo religioso e se vc não crê em Deus ou em outra religião, "vc não crê em nada"! O espiritual tem q ser cuidado sim: mas há várias formas para isso!

QUANDO tb o capitalismo relegou ao corpo um lugar de estereotipia dentro d uma ditadura da beleza e de consumo, na forma de vendê-lo fazendo com q alguns se achem incapazes d serem amados.

Não acho q a natureza é feminina. A natureza é tudo e o feminino é humano. O macho e a fêmea (biologicamente falando, algo q ultrapassa o q cada cultura considera como mulher/feminino) também é relegado a uma certa categoria d animais. A natureza contem seres assexuados como as amebas que simplesmente se fragmentam para se multiplicarem! A natureza é aquilo q fazemos totalmente parte e não ela parte d nós. Nós somos uma parte dela. Ela é um universo e não universal porque ela contém todas as diferenças sem contradição. O sol tb faz parte dela. Qual o sexo do sol? Se o sol fosse entender o mundo do jeito dele, com certeza seríamos só seres sem luz! rs O sol não tem umbigo e nós é q usamos nossa forma d conhecer como dominadora e centralizadora. Esquecemos d existem outras formas d conhecer além da racional, como a emocional, e q não basta uma coisa fazer sentido pra nós pra conseguirmos praticá-la: tem q ser vivível!

Gostei nesse texto da valorização dos diferentes corpos, do riso e do picante como formas d viver e de superar, de relacionar sexo com amor podendo a gente perguntar "d que amor aqui se fala?" porque eu não compartilho do amor tido como romântico. Um tipo d amor pra mim é a intenção d amar. Outro tipo d amor pra mim é a capacidade de se importar. Há outros amores q só vem com o tempo.

É um texto abrangente q critica o cristianismo, o racional/científico como forma preponderante d conhecimento, vai contra a categorização d uma forma d existência como pagã arcaica, portanto, inferior as religiões d hj quando todas as religiões lançam mão d explicações mágicas e incomprováveis. O milagre não é divino: é natural! Enquanto quisermos colocar isso como merecimento ainda vamos querer traçar hierarquizações num terreno q nunca deveria virar latifúndio d nenhuma religião: o espiritual! Se as formas são infinitas, as crenças tb são. Se a única possibilidade d algo ser verdade para si é ser verdade para todos, ainda estamos agindo d forma colonizadora.

SuN


Matéria:

BAUBO:O PODER DA ALEGRIA



Baubo é uma antiga Deusa Grega do Ventre, conhecida também pelo nome de Iamba, era esposa de Dysaules e mãe de Mise. Em suas representações não possui cabeça, e sim um rosto que aparece no torso.

Sua história nos chega da Antiga Grécia, quando Deméter era a Deusa Mãe da Terra e todos os dias passeava pelos prados para cuidá-los, garantindo assim que houvesse abundância em nosso planeta. Regava as plantas, fazia florescer as árvores, sempre acompanhada da filha Perséfone que amava profundamente.



Um certo dia, Hades, o Deus dos Infernos seqüestrou Perséfone e a levou para as entranhas da terra. Deméter caiu então, em profunda depressão. A terra reflete seu desespero e os campos se tornam estéreis.



Deméter em sua peregrinação atrás da filha chega a um lugar chamado Eleusis chorando muito. A pequena ama Baubo, vendo-a tão desesperada, acercou-se dela dançando, levantou sua saia e mostrou sua vulva. Deméter sorriu e Baubo abraçou-a e disse-lhe que como Deusa da Terra, ela não poderia ser destruidora e sim transformadora. Em seguida continuou contando-lhe histórias bem picantes e engraçadas. As duas riram muito juntas até que a Mãe da Terra adquiriu novas forças para ir em busca da filha. A Terra riu com as Deusas, a Terra Floresceu.

A dimensão contagiante da alegria e do riso sagrado, junto com as festividades e cerimoniais em que se vê envolto, afasta a humanidade de seus pesares que constantemente os aferroam, afirma a vida e vence os temores da morte e da esterilidade. Através da alegria e do riso nos esquecemos dos limites de nossa existência, além de nos ajudar a vencer obstáculos que põem em perigo a continuidade da vida.



Baubo é a Deusa radiante, amante do sorriso. Ela é a combinação de impulso sexual, natural e instintivo, e da arte altamente elaborada de amar.

Baubo vive em cada uma de nós, é a capacidade que todas nós temos de nos levantar e seguir em frente depois de um momento triste. De apostar no riso, como auxiliar na cura de nossas depressões. Baubo nos faz ainda entender como é poderoso, belo e mágico o corpo feminino. Qualquer que seja sua forma e seu tamanho, nosso corpo é único e, portanto, especial. A maioria das mulheres ainda se deixam prender na teia da propaganda que nasce do mundo do consumismo popular.

Comparando-se às outras, em vez de apreciar o que ela própria é, se tornará cativa daquilo que ela erroneamente identifica como defeitos pessoais.



Os germes de desprezo pelo corpo nos foi passado pelas primeiras décadas do cristianismo e acabaram infectando toda a consciência ocidental. A capacidade do homem de criar hoje vida em laboratórios, com seleção do DNA, é típica do desprezo pela matéria enquanto "matéria" e pelo processo natural de seleção e adaptação. Mas é deste modo, que a mente científica tenta nos colocar fora da natureza, reforçando a persistente alienação do corpo que teve início na era cristã.

Muitas pessoas ainda hoje, se sentem desamadas, ou até indignas de ser amadas e muitas ainda, tem a certeza de terem perdido a capacidade de amar. Mas este vazio difuso de que as pessoas se queixam pode ser explicado em termos de perda da conexão com a Deusa, aquela que renova a vida, traz o amor, paixão e fertilidade. É a Deusa Baubo que faz a ligação com uma camada importante da nossa vida instintiva, nos trazendo de volta o riso, a alegria, a beleza e a energia criativa que une a sexualidade com espiritualidade.



Hoje já não temos a oportunidade de segurarmos a imagem da Deusa com o carinho de antigamente, pois a mente racional simplesmente relegou-a a categoria de práticas pagãs arcaicas. Entretanto, no corpo do pensamento psicológico, as imagens das Deusas são consideradas "arquétipos". Arquétipos são formas preexistentes que integram a estrutura herdada da psique comum de todas as pessoas. Essas estruturas psiquícas são dotadas de densidade emocional e quando ativadas tem o poder de transformar o nosso consciente.

Acredito, que Deusas como Baubo, segura e confiante em seu corpo e sua sexualidade, pode nos ensinar a adquirirmos confiança em nós próprias, para que possamos compreender que a nossa sensualidade com seus impulsos naturais não são pecaminosos e sim um dom divino.



ENTENDENDO A SEXUALIDADE SAGRADA



Baubo é uma antiga Deusa da Grécia associada a sexualidade sagrada. É também um arquétipo da vida, da morte e da fertilidade. A sexualidade sagrada, a fertilidade e a imortalidade são conceitos que estão unidos na concepção mágica dos povos antigos. A representação da vulva não é mais do que a perpetuação do feito mágico do nascimento. Toda a criação é um mistério numinoso, um segredo de que a humanidade freqüentemente "se afasta", em uma atitude que, mais tarde, é erroneamente interpretada como "vergonha". Na figura da Deusa Baubo, o seu ventre representa o símbolo numinoso da fertilidade. Enquanto que na posição frontal, toda a nua feminilidade da Deusa é permeada pelo numinoso que dela emana como fascinação, essa limitação à zona do ventre ou do útero expressa do aspecto inumano e grotesco, a autonomia radical do ventre aos "centros superiores" do coração, seios, cabeça, e assim entroniza-o como sagrado.



A Deusa Baubo reflete três aspectos particulares da existência humana: idade Anciã (chegada da menopausa), Mulher Fecunda e poder pessoal transformativo.

Baubo é uma Deusa Anciã irreverente e alegre com sua sexualidade, que vem lembra-nos que sexo é amor e prazer e é, sobretudo mágico. Ela chega as nossas vidas para dizer:

-"Vamos comemorar! Nós temos nossos úteros, nossas vulvas, nossa vida. Vamos dançar!". Tente... não custa nada, dançar e rir ainda é de graça. Coloque a palma de suas mãos um pouco abaixo centro do abdomen (em cima do útero) e embale-se em uma dança improvisada. Quando estiver pronta ria alto e o quanto puder. Rir é contagioso, portanto, a partir de hoje sorria muito e infecte o mundo com a epidemia de seu sorriso.
in: http://www.rosanevolpatto.trd.br/baubo.html

Fonte: http://sagrado-feminino.blogspot.com.br/2009/04/bauboo-poder-da-alegria.html

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Sentir a distância, ver o mundo não como imaginamos...

"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."

(Amyr Klink)

sábado, dezembro 01, 2012

F. Pessoa - meu coração é um albergue aberto toda a noite.

Ganhei da Europa uma frase e descobri uma poesia!

"Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio"

 Poesia na íntegra segue abaixo:


Acordar

Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras,
Acordar da Rua do Ouro,
Acordar do Rocio, às portas dos cafés,
Acordar
E no meio de tudo a gare, que nunca dorme,
Como um coração que tem que pulsar através da vigília e do sono.

Não há manhãs sobre cidades, ou manhãs sobre o campo.
À hora em que o dia raia, em que a luz estremece a erguer-se
Todos os lugares são o mesmo lugar, todas as terras são a mesma,
E é eterna e de todos os lugares a frescura que sobe por tudo.
Uma espiritualidade feita com a nossa própria carne
Um alívio de viver de que o nosso corpo partilha,
Um entusiasmo por o dia que vai vir, uma alegria por o que pode acontecer de bom,
São os sentimentos que nascem de estar olhando para a madrugada
Seja ela a leve senhora dos cumes dos montes,
Seja ela a invasora lenta das ruas das cidades que vão leste-oeste,
Seja

A mulher que chora baixinho
Entre o ruído da multidão em vivas...
O vendedor de ruas, que tem um pregão esquisito,
Cheio de individualidade para quem repara...
O arcanjo isolado, escultura numa catedral,
Siringe fugindo aos braços estendidos de Pã,
Tudo isto tende para o mesmo centro,
Busca encontrar-se e fundir-se
Na minha alma.

Eu adoro todas as coisas
o meu coração é um albergue aberto toda a noite.
Tenho pela vida um interesse ávido
Que busca compreendê-la sentindo-a muito.
Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo,
Aos homens e às pedras, às almas e às máquinas,
Para aumentar com isso a minha personalidade.

Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio
E a minha ambição era trazer o universo ao colo
Como uma criança a quem a ama beija.
Eu amo todas as coisas, umas mais do que as outras,
Não nenhuma mais do que outra, mas sempre mais as que estou vendo
Do que as que vi ou verei.
Nada para mim é tão belo como o movimento e as sensações.
A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos.
Penso nisto, enterneço-me mas não sossego nunca.

(...)

Meu coração chora
Na sombra dos parques,
Não tem quem o console
Verdadeiramente,
Exceto a própria sombra dos parques
Entrando-me na alma, 
Através do pranto.
Dá-me rosas, rosas,
E lirios também...

Minha dor é velha
Como um frasco de essência cheio de pó.
Minha dor é inútil
Como uma gaiola numa terra onde não há aves,
E minha dor é silenciosa e triste
Como a parte da praia onde o mar não chega.
Chego às janelas
Dos palácios arruinados
E cismo de dentro para fora
Para me consolar do presente.
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também...


Mas por mais rosas e lírios que me dês,
Eu nunca acharei que a vida é bastante.
Faltar-me-á sempre qualquer coisa,
Sobrar-me-á sempre de que desejar
Como um palco deserto.
Por isso, não te importes com o que eu penso,
E muito embora o que eu te peça
Te pareça que não quer dizer nada,
Minha pobre criança tísica,
Dá-me das tuas rosas e dos teus lírios,
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também...

Álvaro Campos

sexta-feira, novembro 30, 2012

Da amizade a conveniência: FIM

Tenho q aproveitar esse momento afinal, ele foi mt esperado! rs

Se me tacham de possessiva por ter regras acho mt conveniente! Daí vemos q as pessoas não são tão boas assim! Pela mesma lógica tacho d consumista: por ficar com qualquer um, não importando por que ou por quem! Já viveu alguma relação sem regras? Eu também não! Por que julgar o outro errado, querer fazer descer guela abaixo uma lógic
a q claramente tá mt esclarecida a discordância HÁ MT TEMPO? Eu prestei mt atenção! Há ESCOLHAS! Não se pode ter tudo! A felicidade tb gera dor! Espero só q tenha valido a pena!

O mais curioso: só discutir o problema DEPOIS q ele já aconteceu sendo q não faltou oportunidade! Eu prevejo o futuro! Rs Afinal, era amizade, né? Flagrante! Aí tudo se perdeu... aí e só aí!

Não desgaste a palavra amor! Isso não é amizade! É uma má escolha! As pessoas podem ser fodas por muitos motivos mas... não são! Caráter! É disso q se trata! De uma FORMA DE FAZER e não só uma DIVERGÊNCIA de opinião! A vida é feita de impasses...

Eu olho nos olhos e este é o princípio antes do fim! Ning me intimida! Eu mostro a q vim e porque venho o tempo todo! Queria só me surpreender.... mas enfim... algumas pessoas são só assim! Espero q elas estejam mais felizes do q eu. Aqui é só tristeza!
 
A vida é perfeita d impasses.

Dói mais perder um amigo

Sempre dói mais perder um amigo do q um namorado! Amigos são pra sempre, namorados não!

Amor no tempo

Amor no tempo


... eu jamais diria q eu a amo, mas era esse o caminho q eu queria fazer. Então, d certa forma, era amor. Era um tipo d amor.
Era um amor q viria a ser!

A intenção d amar tb é amor, mas tachar d amor só com merecimento. Só sabendo onde se está pisando. Só com lealdade.

A mentira dos idealistas ou a falsa revolução do espírito

A mentira dos idealistas ou a falsa revolução do espírito




Não vou viver uma mentira por um ideal! Há duas questões máximas. Uma consiste em: achar algo certo nem sempre é poder fazer aquilo! Não vivemos só... ou estamos sempre sós?

Outra é: nem sempre se é capaz d viver o q se acha certo. Ou ainda, nem sempre se é capaz de aceitar certas questões por um limite q ultrapassa o intelectual! Por um

a questão d sanidade, então, respeita-se os limites. Por amor tb. Para não peder tb. Não queremos desintegrar corações, queremos cooperá-los!

Os ideais devem ser verdadeiros! Pelo menos pra nós q o temos e nos reconstruimos em prol dele!

Eu não posso fazer algo q acharia melhor se eu não sou capaz d viver e sentir aquilo! A nossa verdade nem sempre é real!

A noção d sinceridade OPONHO a associação da ideia d sinceridade mais a ideia da crueldade (contrução do paradoxo): de nada tb vale uma verdade cruel q ao invés d atuar nas construções só FOGE delas.

Não a falsa revolução do espírito! Sou só quem eu posso ser. Os meus são capazes d conviver com isso amorosamente.
A nossa verdade nem sempre é real!
 
SuN

O Amor e a Política

O Amor e a Política


O amor é uma forma de aprender sobre a ética da coletividade na sua dimensão (ou condição) mais difícil: a passional!

O quanto se é capaz d abrir mão para estar junto? Descobrimento d impasses e limites ou esperar pelo conflito?

Alessandra Rotenberg - Pescador

Pescador

"Noite.
Um pescador passa recolhendo as horas.
Desfaz a trama de sua rede de pesca,
lançado na tarefa quase infinita
de desfiar o mar em seus fios de água.

Madrugada.
Um pescador passa recolhendo as lanternas.
Desfaz o pontilhado de luz na água,
lançado na tarefa quase eterna
de desfiar a noite em fiapos de sombra.

Amanhecer.
Um pescador passa recolhendo as estrelas.
Desfaz o traçado invisível das linhas,
lançado na tarefa quase sem fim
de desfiar o céu em seus traços de cor."

Mais uma querida poetiza na minha vida: Alessandra Rotenberg!

terça-feira, novembro 27, 2012

Galeano - Não adianta fazer nada? De onde vem as respostas?

Não adianta fazer nada? De onde vem as respostas?

"Os JOVENS multiplicam-se, levantam-se, escutam: O QUE LHES OFERECE A VOZ DO SISTEMA? O sistema fala uma linguagem surrealista: 
- propõe evitar os nascimentos nestas terras vazias; 
- diz que faltam capitais em países onde estes sobram, mas são desperdiçados;
- chama de ajuda a ortopedia deformante dos empréstimos e à drenagem de riquezas que os 
investimentos estrangeiros provocam;
- convoca os latifundiários a realizarem a reforma agrária, e a oligarquia para pôr em prática a justiça social.

A LUTA DE CLASSES não existe - decreta-se -, mais que por culpa dos agentes forâneos que a fomentam; em troca existem as classes sociais, e se chama a opressão de umas por outras de estilo ocidental de vida. As expedições criminosas dos marines têm por objetivo restabelecer a ORDEM e a PAZ SOCIAL, e as ditaduras fiéis a Washington fundam nos cárceres o ESTADO DE DIREITO, proíbem as greves e aniquilam os sindicatos para proteger a LIBERDADE de trabalho.

Tudo nos é proibido, a não ser cruzarmos os braços? A POBREZA não está escrita nos astros; o SUBDESENVOLVIMENTO não é fruto de um obscuro desígnio de Deus. As CLASSES DOMINANTES põem as barbas de molho, e ao mesmo tempo anunciam o inferno para todos. De certo modo, a DIREITA TEM RAZÃO quando se identifica com a TRANQUILIDADE e a ORDEM;
- é a ordem, de fato, da cotidiana humilhação das maiorias, mas ordem em última análise;
- a tranqüilidade de que a injustiça continue sendo injusta e a fome faminta.

Se o futuro se transforma numa caixa de surpresas, o conservador grita, com toda razão: “Traíram-me.” E os ideólogos da impotência, os escravos, que olham a si mesmos com os olhos do dono, não demoram a escutar seus clamores."

Veias Abertas da América Latina - Eduardo Galeano