segunda-feira, setembro 28, 2009

Ele namora uma menina bonitinha. :0)
De longe parece tudo tão normal. Quando os olhos se cruzam no escuro são só suspeitos. Não se falam.
Quando reapresentam um conhecido, vai lá a vontade de conhecer de novo!
Aproveitar a música na praia não dava. Não tinha água. Talvez se chovesse, alagasse até o mar, doce, encontrar a areia na qual dancei! Saíram todos secos... quase!

O Quereres
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock’n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim


Su:
O nada falta: totalmente demais. O q se faz com metade? Não há em mim.

sábado, setembro 26, 2009

" Crime não é apenas matar nosso semelhante. É também deixá-lo inútil, matando sua iniciativa e sua vontade própria..."

De Austregesilo Carrano, no livro Cantos dos Malditos, que inspirou o filme Bicho de sete cabeças.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.


Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.


Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Vinícius de Moraes

Su: tem várias coisas q não gosto nessa poesia. Mas foi forte. Fica.
Acabou de ser recitada num filme q to vendo pra faculdade.

segunda-feira, setembro 14, 2009



Tradução



Letra original.

domingo, setembro 13, 2009

[...]
o cavalo que possuo e o eu que possuo
ficaremos azuis maravilhosos e limpos
de novo

e eu sairei e
esperarei por você.

[Charles Bukowski]

Fonte: http://0contratodos.spaces.live.com/blog/cns!D352BAFEB65A9442!4101.entry

Ele (enquanto eu não acho outra coisa dele): http://www.conradeditora.com.br/hotsite/buk/livro/livro.htm

Su: Ah! Me encanta!
Quanto tempo
Doces Cariocas

Quanto tempo dura a sua fé
Com o bolso rasgado
Sem chão nem telhado
Sem garfo e colher
quantos dias vive um amor
num barco virado
sem remo nem vela
vai contra a maré

Quantas noites você vai virar
pra encontrar a meia lua
quanta estrela você vai contar
pra saber qual é a sua

Quantos passos você tem que dar
gastando sapato
andando de carro
sem samba no pé
quantos dias sem um cafuné
suporta um homem
debaixo de um teto
com sua mulher

Quantos doces você vai comer
pra voltar a ser criança
quantos quilos você quer perder
pra gostar dessa balança

Quantas marés de aquário
podem chegar ao mar
quantas asas você vai cortar
para então renascer e aprender a voar
o vento é que vai soprar
ESVERDEAR
Forróçacana
Composição: Chris Mourão

De verde eu vim
Hoje eu vim de verde
Pra ser visto por você
Sou peixe que foge da rede
Então lhe peço um favor
Não me deixe solto não deixe
Menina pelo teu anzol
Já fui fisgado à meses

Vim pra esverdear seu olhar
Seu coração
E te encher do mais puro ar
Te ouvir respirar

Vim pra esverdear seu olhar
Seu coração
E modificar nosso lar
Nossa relação
No Ar
O Teatro Mágico
Composição: o teatro mágico

Na varanda
Onde o ar anda depressa
Vai embora na conversa
Nossa pressa de ficar

Na varanda
Onde a flor se arremessa
Onde o vento prega peça
Nos traz festa pelo ar

Na varanda
A criança se debruça
Mãe, menina ainda fuça
Nos cabelos a ninar

Na varanda
Onde a lua se levanta
Nossa rede se balança
Serenata pra acordar

Joga a trança
Busca o chão e não o céu
Qual barquinho de papel
Sonha ir de encontro ao mar (2x)

E a noite vem
Sendo o descanso do sol
E a ponte vem
Sendo a distancia de quem tá só

Um sol
Com a cabeça na lua
A lua que gira, que gira, que gira...

E a noite vem
Sendo o descanso do sol
E a ponte vem
Sendo a distancia de quem tá só

Um sol
Com a cabeça na lua
A lua que gira, que gira, que girassol


Su:

O vento, festejando com as pétalas que encontrasse no seu curso, quebra a manhã em estrelas. A lua quase tocava o sol! Era meio dia, era meia noite, tão pertos! Passava o tempo tão rápido! Só ficava a vontade de voltar!

A criança divertia-se. Nem se dava conta que o motor da rede era o mesmo do cafuné: aqueles dedos todos de mãe se confundindo com o sabor da ventania!! A varanda, enfeitada com as folhas do quintal, era o lugar dos pés descalços, do cachorro agitado, do pai pra ele, sem mais nada pra fazer.

O guri tinha sede, ia pedir água. Piscou de cansaço. Sonhou com um lago. Quando abriu os olhos, já era outro dia! “Se não tivesse piscado, teria brincado mais” pensou.

Ela ia notando o que era distância. Crescia. Os passos largos deixavam pegadas cada vez mais longe umas das outras. Às vezes ela queria só ficar! Achava que se não saísse do lugar, se não piscasse, nada mudaria! Seria forte, não dormiria da próxima vez!

Mas q decepção: viu raiar o dia! Não podia contra o tempo! Como ficar? Só buscando de novo outra tarde é que voltaria aos cafunés, a balada da rede tocada, ao pai cheio do q fazer com ele... Então ficar não era parar, era ir em frente. Voltar, não era retroceder no tempo: era tê-lo de novo, era viver outra vez!

Quando se aprende que ficar não é parar? Quando, mesmo parado, se percebe que em volta tudo muda. Agora a criança sabe voltar.
...
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco

...

Tempo de dá colo, tempo de decolar
Tempo de dá colo, tempo de decolar

...

Deixa que nesse verão eu faço sol


[Reticências - Teatro Mágico]
Adeus Você
Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo

Adeus você
Eu hoje vou pro lado de lá
Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante

Adeus você
Não venha mais me negacear
Teu choro não me faz desistir
Teu riso não me faz reclinar
Acalma essa tormenta
E se agüenta, que eu vou pro meu lugar

É bom...
Às vezes se perder
Sem ter porque
Sem ter razão
É um dom...
Saber envaidecer
Por si
Saber mudar de tom

Quero não saber de cor, também
Pra que minha vida siga adiante


Su: Não se mimar. Envaidecer.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Ovni

Raiz do Sana

Vamos ver a doce luz da lua
No profundo céu azul
Se deitar defronte às pirâmides do Sana
Sob o cruzeiro do sul
Veja bem
Que o vento é favorável
Ficar tudo mais provável
E é só sintonizar
Numa nave de fogo que virá do espaço
Me diz o que é que eu faço
Eu quero acertar o passo
E voar com você

Se a trilha tem a energia
Que fervilha a flor
E se eu for, a mais, um bom rapaz
Capaz de paz e de amor

Resta em mim
Essa aresta está no fim
Essa festa empresta a lira
Vamos delirar

Numa nave de fogo que virá do espaço
Me diz o que é que eu faço
Eu quero acertar o passo
E voar com você

Pela abrangência do infinito
Na velocidade rara de um OVNI


Su: Bonita como sempre...

domingo, setembro 06, 2009

"Esperar [só] por vc é como esperar por chuva no deserto: é inútil e decepcionante. "

Su: Esse filme é bom!

sexta-feira, setembro 04, 2009

"Que bom que vc tb se lembrou, Suanny!
Realmente não há propriamente "coisas erradas" nesse aspecto da expressividade humana. O que há são muitas limitações. Há uma expressão americana que diz tudo "Vc tem que se manter e expressar 'into the box'! Eu não caibo (que verbo!) em qquer caixinha (nem vc).
O que eu sinto que temos que desenvolver é a sensiblidade para perceber o efeito causado sobre os outros: se ajuda a que eles percam o medo de se expressar mais, ou se, ao contrário, os inibe mais ainda."

Su: pensando...
Partir, Andar
Paralamas do Sucesso


Partir, andar, eis que chega
É essa velha hora tão sonhada
Nas noites de velas acesas
No clarear da madrugada
Só uma estrela anunciando o fim
Sobre o mar, sobre a calçada
E nada mais te prende aqui
Dinheiro, grades ou palavras

Partir, andar, eis que chega
Não há como deter a alvorada
Pra dizer, um bilhete sobre a mesa
Pra se mandar, o pé na estrada
Tantas mentiras e no fim
Faltava só uma palavra
Faltava quase sempre um sim
E agora já não falta nada

Eu não quis
Te fazer infeliz
Não quis
Por tanto não querer
Talvez fiz

Partir, andar, eis que chega
É essa velha hora tão sonhada
Nas noites de velas acesas
No clarear da madrugada

Tantas mentiras e no fim
Faltava só uma palavra
Faltava quase sempre um sim
E agora já não falta nada
Não falta nada,
Não falta nada


Su: É... q prioridade! Vai ver o "bicho solto" tá preso há tempo demais!
.
Amar com despreendimento.
Paulo Freire
.

Su: Eu chego lá.