segunda-feira, abril 23, 2007

Programa exibido em 23.04.2007
Alain Didier-Weill

Alain Didier-Weill é um estudioso da psicanálise e do teatro. Neuro-psiquiatra e psicanalista premiado da Escola Freudiana de Paris, é também, ele mesmo, autor de várias peças teatrais, encenadas em várias partes do mundo.

Formado por Jacques Lacan, este filósofo e dramaturgo da psicanálise veio ao Rio para falar na Primeira Conferência Internacional do Corpo Freudiano do Rio de Janeiro e revelou a Elizabeth Carvalho particularidades de uma dupla paternidade da psicanálise - a de Freud, que a fundou, e a de Lacan, que a reinterpretou.

O vídeo deste programa só estará disponível no site a partir do dia 30/04/07

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30.05.06

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM668717-7823-ALAIN+DIDIER+WEILL,00.html

domingo, abril 22, 2007

Os Pássaros
Los Hermanos
Composição: Rodrigo Amarante


Eu aflito e só,
Confuso e sem você por aqui.
Assim eu sonhei
Mas isso eu não quis.
Que diferença? o dia se fez
Assim.
Há um conflito um nó
Eu difuso enfim
Os pássaros vêm
Me levar aí
Visitar o céu
E pra ver você levantando o véu
Pra mim.
Mas eles só me vêem
Quando eu já não sei
Se eu estou são,
O que é um sonho ruim,
E o que é um sonho bom.
Que diferença? a vida é igual,
assim e eu não sei
Eu não sei...
Não sei...
Eu não sei..
Se isso é você.
Quem bate aí?
Se é pra eu te ver então deixa eu dormir.

Su: Affonso q me mostrou essa música. Não lembro se houve alguma intenção, qualquer que seja, em especial!!
Alma Nova

Sempre que te vejo assim
linda nua e um pouco nervosa
minha velha alma
cria alma nova
quer voar pela boca
quer sair por aí

e eu digo
calma alma minha
calminha
ainda não é hora de partir

então ficamos
minha alma e eu
olhando o corpo teu
sem entender
como é que a alma entra nessa história
afinal o amor é tão carnal
eu bem que tento
tento entender
mas a minha alma não quer nem saber
só quer entrar em você
como tantas vezes já me viu fazer

Letra: Zeca Baleiro
"É absurdo manifesto pretender que a harmonia consiste em coisas diferentes; e por isso devemos pensar que Heráclito quis dizer que a harmonia resulta de coisas que antes eram contrárias, como o agudo e o grave, e que depois, pela habilidade da arte musical, se uniram. Pois a harmonia não provém do que ainda é contrário, não provém do que ainda é agudo e do que ainda é grave; harmonia é concordância, é sinfonia – e a concordância, uma certa uniformidade. Esta não pode advir de elementos opostos , que permaneçam opostos, pois coisas diferentes e contrárias jamais concordam entre si; e a harmonia, por sua vez, resulta de elementos opostos entre os quais se estabelece acordo.
O ritmo nasce de notas breves e longas, que antes eram contrárias e depois foram postas em concordância. E isso se obtém porque – à semelhança da medicina – a arte musical conseguiu estabelecer uma concordância entre todos os elementos, criando amor e concórdia entre eles.
Por esta razão podemos dizer que a música é a ciência do amor relativamente à harmonia e ao ritmo. "


fonte: não está completo! Acho que é do livro "O Banquete", de Platão sobre Sócrates...
Livro: Fonte Viva
p.79
Cap 32

Erguer e Ajudar

“Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada.” – Jesus (LUCAS, 10:42)

Não te esqueças da “boa parte” que reside em todas as criaturas e em todas as coisas.
O fogo destrói, mas transporta consigo o elemento purificador.
A pedra é contundente, mas consolida a segurança.
A ventania açoita impiedosa, todavia, ajuda a renovação.
A enxurrada é imundice, entretanto, costuma carrear o adubo indispensável à sementeira vitoriosa.
Assim também há criaturas que, em se revelando negativas em determinados setores da luta humana, são extremamente valiosas em outros.
A apreciação unilateral é sempre ruinosa.
A imperfeição completa, tanto quanto a perfeição integral, não existem no plano em que evolutimos.
O criminoso, acusado por toda gente, amanhã pode ser o enfermeiro que te estende o copo dágua.
O companheiro, no qual descobres agora uma faixa de trevas, pode ser depois o irmão sublimado que te convida ao bom exemplo.
A tempestade da hora em que vivemos é, muitas vezes, a fonte do bem-estar das horas que vamos viver.
Busquemos o lado melhor das situações, dos acontecimentos e das pessoas.
“Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada” – disse-nos o Senhor.
Assimilemos a essência da divina lição.
Quem procura a “boa parte” e nela se detém, recolhe no campo da vida o tesouro espiritual que jamais lhe será roubado.
http://www.youtube.com/watch?v=NJz02Nh99Cs

Olha o q ele faz com uma mãozinha só!!

sábado, abril 21, 2007

Composição: João Linhares
Ilustração: Ana Quartin (ver)
Canta: Rita Ribeiro (escutar)
Música: O Conforto dos teus braços


Oito horas de vôo num concorde
Cinco dias num barco mar adentro
Sete noites dormindo ao relento
Sete ciganas lendo a minha sorte
Quatro dias, em pé, no trem da morte
Vinte léguas montado num jumento
Sete mil flores no meu pensamento
E eu trilhando os últimos espaços
Pra ficar no conforto dos teus braços
Qualquer coisa no mundo eu enfrento

Valentia de pai e de irmão
Concorrência com o astro do momento
Temporal, tempestade, chuva e vento
Holocausto, hecatombe e tufão
Desemprego, palestra e sermão
Tititi, coqueluche, casamento
Pé de ponte, mansão, apartamento
Paparazzi, sucessos e fracassos
Pra ficar no conforto dos teus braços
Qualquer coisa no mundo eu enfrento

Ladroíce, mutreta, malandragem
Álcool, droga, barato, passamento
Amnésia, larica, esquecimento
Roubalheira e má politicagem
Cabaré, palacete, sacanagem
Fome, greve, motim, acampamento
Confusão, batalhão, fuzilamento
Reclusão, solidão, sonho aos pedaços
Pra ficar no conforto dos teus braços
Qualquer coisa no mundo eu enfrento
Das boas maneiras à etiqueta

A etiqueta não se reduz ao repertório do q devemos ou não fazer. É preciso q os gestos e palavras considerados belos adquiram um sentido cerimonial, tomem a forma de um ritual quase religioso. É preciso que as boas maneiras, esta redução da ética a estética, do bom ao belo, se enraízem numa política: que a conduta valorizada seja um sacrifício prestado a um senhor, a um príncipe que governa não só o Estado como os atos dos seus membros de maior destaque.
O homem de etiqueta não é apenas uma pessoa bem educada. É alguém que expressa, seus costumes de modo a tributar e obter prestígio. As maneiras servem à circulação, à tributação do respeito; permitem valorizar os poderosos, venerá-los; a etiqueta só se compreende a partir de uma estratégica política. Aparece e afirma-se junto com a constituição das cortes – este espaço estranho, hoje desaparecido, que era um misto de doméstico e público, circundando os príncipes e maiores senhores.


Fonte: (tirado de um livro de história que eu estou com preguiça de ir pegar agora pra pôr qual é a fonte, exatamente!!)
Filme: Terra Fria

- Josey:
Eu não o queria Sammy. Uma coisa ruim tinha acontecido comigo, e só queria que terminasse. MAs a cada dia, minha barriga crescia e me lembrava daquilo. Jamais pensei que houvesse um bebê lá dentro. Que você estivesse lá. Naquele dia, o que aquele homem fez comigo, fez de mim uma pessoa diferente. E acho que, acho que pensei que aquilo tinha sido uma mensagem sobre você, também. Eu era uma garota vítima de estupro, e você era essa coisa que me lembrava daquilo, sempre.
Meu Deus, tive medo dessa conversa desde quando você nasceu. Não quero que haja mais segredos entre nós.
Em uma noite estava deitada na cama e você se mexeu dentro de mim como uma pequena borboleta, batendo as asinhas lá dentro. E de repente eu percebi, eu soube, soube que você não era filho dele. Você era meu filho! Você era meu bebê. E soube que sempre viveríamos juntos. Só nós dois. Você não teve nada a ver com aquela sujeira, entendeu? NAda. E não há nada nesse mundo que eu não fizesse pra ser sua mãe.
O Amor é Velho

O amor é velho, velho, velho e menina-a
O amor é trilha de lençóis e culpa, medo e maravilha

O tempo, a vida, a lida, andam pelo chão
O amor, aeroplanos.

O amor zomba dos anos, o amor anda nos tangos,
No rastro dos ciganos, no vão dos oceanos.

O amor é poço onde se despejam lixo e brilhantes,
orações, sacrifícios, traições.

(Tom Zé)
" O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora.
A vida veio e me levou com ela. Sorte é abandonar-se e aceitar esta vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e breve como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói."

Cazuza

domingo, abril 15, 2007

Cultura
Arnaldo Antunes

o girino é o peixinho do sapo
o silêncio é o começo do papo
o bigode é a antena do gato
o cavalo é pasto do carrapato

o cabrito é o cordeiro da cabra
o pescoço é a barriga da cobra
o leitão é um porquinho mais novo
a galinha é um pouquinho do ovo

o desejo é o começo do corpo
engordar é a tarefa do porco
a cegonha é a girafa do ganso
o cachorro é um lobo mais manso

o escuro é a metade da zebra
as raízes são as veias da seiva
o camelo é um cavalo sem sede
tartaruga por dentro é parede

o potrinho é o bezerro da égua
a batalha é o começo da trégua
papagaio é um dragão miniatura
bactérias num meio é cultura

domingo, abril 01, 2007

Infinito Particular
Marisa Monte

Composição: Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular