quarta-feira, julho 30, 2008

Eu vejo que aprendi
O quanto te ensinei
E nos teus braços que ele vai saber
Não há por que voltar
Não penso em te seguir
Não quero mais a tua insensatez


O que fazes sem pensar aprendeste do olhar
E das palavras que guardei pra ti

Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim

Não basta o compromisso
Vale mais o coração
Já que não me entendes, não me julgues
Não me tentes
O que sabes fazer agora
Veio tudo de nossas horas

Eu não minto, eu não sou assim
Ninguém sabia e ninguém viu
Que eu estava a teu lado então
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
...

(1º de Julho - Cássia Eller; Composição: Renato Russo )

segunda-feira, julho 28, 2008

O q será então?

Muitas vezes, quando chega a hora de dormir, chega também a hora de escrever! E é um luxo estar de férias nessas horas!! O mundo inteiro está dormindo e vc está do seu lado: escrevendo!

Além de todas as companhias às quais esse meio de ano permite que vc se reconecte, uma relação muito importante não deve ser esquecida: a com você mesmo! E quantas vezes tentei pôr outros nesse lugar! Justamente por isso que, quando tudo dava errado, eu me sentia tão só! As pessoas devem valer o seu primeiro lugar mas não fazê-lo de pedestal o tempo todo. O pedestal não existe. O q há é uma tal "necessidade" de certas coisas mais real pela força do q pela razão vital, de fato. E tão falsa é q pode acabar com a própria vida! Fruto da preguiça e do medo que chega quando a gente vai pra realidade!

"Preguiça e medo", já diria o filme Waking Life, são os maiores problemas da humanidade! Meus medos não me impedem mas gostaria de sentí-los menos. Minha preguiça me engana, me engana muito ainda! Mas tem sido cada vez menos efetiva. E ainda sim falta tanto em mim... Mas esse é o lado curioso da vida! Se existisse uma fórmula para ser extraordinária, a própria fórmula seria uma sabotagem da meta! Toda lógica matemática carrega o estigma do silogismo, quando aplicada a outros assuntos... mas que não se esqueça o extraordinário por ele não ser óbvio!

Acho q isso tem tudo a ver com a felicidade! Talvez porque simplesmente não queria uma fonte que só me dê realização se vier da minha tristeza! Quantos poetas admiráveis morreram infelizes e miseráveis? Definitivamente não é o q procuro. Mas tenho medo de ser esse o caminho, sou obrigada a confessar!! Crio mais quando triste do q quando satisfeita inclusive quando quero falar de felicidade... mas q caminho torto! E ainda é considerado esperto o corvo q dobra essa ponta do material e o usa como ferramenta! Eu quero ser o corvo e não sua ferramenta torta e triste!

O conhecimento
a criação
a criatividade
sobretudo a escrita
o desenho
minhas relações firmes
descobertas
contemplação
talento
ousadia
humildade/simplicidade
companheirismo
raciocínio
um miado/um latido
os meus sentidos em uso
...

Nossa! Quanta coisa me deixa feliz! Eu quero SER feliz com elas!!
[...]
As smoke clouds roll in
The symphony of death
This is the last stop
Scream

Right is wrong now
Shut up you big lie
This black and white lie
You comb your hair to hide
Your lying eyes

You're righteous, so righteous, so righteous
You're always so right
But why your lie
Go ahead and dream
Go ahead believe that you are the chosen one

This is the last stop
Here there's more than is showing up
Hope that we can break it down
So it's not so black and white
[...]

(The Last Stop - Dave Matthews Band)

domingo, julho 27, 2008

Halloween
Dave Mattews band

Hey little dreamer's eyes open and staring up at me
Oh, little lovely eyes, oh, radiant
Wait until I come and I will steal you
Wait until I come I'll take your soul
Wait until I come and I will steal you
Wait until I come and I will go

I will dream within the night
Shadows on the windows
Lead our love
Every love will lead me on tonight
I will lay you lying,
I will not within this life

Oh, little dreamer eyes open and waving here
Wait until I come, I see him with you
Until I come, I'll leave with me
Until I come, I do come, love...

We will leave it all behind
Oh, and in the nightmares,
I'll fill them in good time, oh

They will 'seech your mind
And no lying, and you may, well, ask,
"Why do we run around here?
Oh, while you come inside me
Oh, why does it rip me all between?"
Why then, why then, watch this little fuck!

Going away, yeah...
Why are you worry, Why are you worry, Why are you worry, love?
Why are you worry, Why are you worry, Why are you worry, love?
Halloween.
Carry on, burial, burial, burial, burial, burial
And let them see
But tell us, are you satisfied with fucking?
Don't walk away, don't walk away, don't walk away
I'm talking to you

Lovey dove, love is hell, love is hell, love is up to you
Love, love, love, love is up to you
Love, love, love, love is up to you
Fuck!

In the sky is it wrote
Up from the ground,
I stay out of breath
I felt the temperature rises
And I felt across the creeping cold
These graves...

Su: hahaha
sem horas e sem dores
respeitável público pagão
bem vindos ao teatro mágico

parto-me

A poesia prevalece!!!
[...]
Evoca-se na sombra uma inquietude
uma alteridade disfarçada...
Inquilina de todos nossos riscos...
A juventude plena e sem planos... se esvai
O parto ocorre. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias
Flagelo-me
Exponho cicatrizes
E acordo os meus, com muito mais cuidado.
Muito mais atenção!
E a tensão que parecia não passar,
“O ser vil que passou pra servir...
Pra discernir...”
Pra pontuar o tom.
Movimento, som
Toda terra que devo doar!
Todo voto que devo parir
Não dever ao devir
Não deixar escoar a dor!
Nunca deixar de ouvir...

com outros olhos!

(Amadurecência - O Teatro Mágico)

Su: A opção q fiz foi justamente para prevalecer a poesia! Convicções são abortadas mas outras vem no seu encalço! O q me resta agora é o óbvio: ser ainda melhor no q eu queria ser! Tentar só acordar os meus... os outros precisam muito, muito, muito dormir!! Meus novos olhos admitem melhor o q sempre viram agora q nasço de novo!
...
Anubliado, clareou
Chão barreado não esconde a cor
Das lembranças que eu trago meu perdão e meu rancor
Alumiada estação
Onde as meninas brincando no portão
Tem horas que são senhoras, têm horas, que horas são?
E o que resta é sem sentido
Fico perdido, sem direção
Fico danado e nado o rio São Francisco
Buscando remanso pro meu coração
...
(Abaçaiado - Teatro Mágico)
Survive
Rise Against


Somewhere between happy, and total fucking wreck
Feet sometimes on solid ground, sometimes at the edge
To spend your waking moments, simply killing time
Is to give up on your hopes and dreams, to give up on your...

Life for you, (who we are) has been less than kind
So take a number, (who we are) stand in line
We've all been sorry, (who we are) we've all been hurt
But how we survive, (who we are) is what makes us who we are

An obvious disinterest, a barely managed smile
A deep nod in agreement, a status quo exile
I shirk my obligations, I miss all your deadlines
I excel at quitting early, and fucking up my life

Life for you, (who we are) has been less than kind
So take a number, (who we are) stand in line
We've all been sorry, (who we are) we've all been hurt
But how we survive, (who we are) is what makes us who we are

All smiles and sunshine, a perfect world on a perfect day
Everything always works out, I have never felt so fucking great
All smiles and sunshine, a perfect world on a perfect day
Everything always works out, I have never felt so great

(Life isn't like this)
(Life isn't like this)
(Life isn't like this)
(Life isn't like this)
(Life isn't like this) Life isn't like this
(Life isn't like this) Life isn't like this
(Life isn't like this) Are we verging on an answer,
or fucking up our...

Life for you, (who we are) has been less than kind
So take a number, (who we are) stand in line
We've all been sorry, (who we are) we've all been hurt
But how we survive, (who we are) is what makes us who we are

(Who we are)
It's what makes us who we are
(Who we are)
Makes us who we are
(Who we are)
It's what makes us who we are
(Who we are)


Su: Banda apresentada como um presentinho fofo de Juliano!! hahahaha
Aos muito adaptados:

"A pretensa sabedoria do adulto, calcada na didatização, acaba por desencorajar a imaginação da criança. Jobim & Souza (1994: p. 89) entende que 'a criança emprega suas mágicas usando metamorfoses múltiplas, Só ela dispõe tão bem da capacidade de estabelecer semelhanças. Esse dom a separa dos adultos, cuja imaginação se encontra tão bem adaptada à realidade', adaptação que pode levar à perda do potencial libertador que tem a palavra. Torna-se, então, necessário, reinventar a própria linguagem ou recuperar algo nela que está perdido."

fonte: http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt07/t075.pdf
1-

No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá onde a
criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona
para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer
nascimentos –
O verbo tem que pegar delírio.
(Barros, 2001b, p. 15)

2-
A criança, então, para Manoel, não é um ser ingênuo, incompetente, mas sim inquieto, inventivo e transgressor, capaz de criar um mundo inserido no mundo maior, tal como o pensamento de Benjamin (1984) sobre a infância. O poeta mostra a incompreensão do adulto que não ouve a criança, considerando-a como ser incompetente e incompleto, que ainda não é e que precisa vir a ser, e ignorando a capacidade da criança de estabelecer semelhanças:

O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrás de casa./ Passou um homem depois e disse: Essa volta que o rio faz por trás de sua casa se chama enseada./ Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia uma volta atrás da casa. / Era uma enseada./ Acho que o nome empobreceu a imagem.
(Barros, 2001b, p.25)

fonte: http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt07/t075.pdf

Su: Agora sim! É com essa criança que eu gostaria de trabalhar!!
Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina.
(fonte: http://fotolog.terra.com.br/ivanmauricio:391)


"As coisas que não existem são mais bonitas."
(fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br/castel09.html)

Su: E quanto a essa segunda frase, quem cria? Nós. Podemos ser felizes com o q criamos, desde q saibamos que foi inventado!! E isso não impede que a criação seja realidade!
"Será que um artista conhece sua obra?" frase não sei de quem mas que mostra que isso não quer dizer q temos nossa obra sob nosso controle ou q a conhecemos totalmente. A partir do momento em que ela é jogada no mundo, não é mais nossa, embora tenha em nós começado! Ela é uma realidade ainda que abstrata e não ilusão. E ela pode ser muito mais bonita do que o real que já está aqui antes de chegarmos, se vier desse desejo!!

sábado, julho 26, 2008

Swing Hum e Meio

Móveis Coloniais de Acaju

Composição: Indisponível

Embora dá para não perceber
Alguém deve estar rindo de você
Motivo talvez nem exista
Então por favor não insista

Se a imagem como documento
Não esqueça de esquecer seu talento
Aborte todo e qualquer lirismo
Para não cair em ostracismo

Seja maduro apague a ilusão
De quem tem caráter tem tudo na mão
E se é para sair bem na fotografia
Venda a sua mãe mas não perca a simpatia

Não é difícil de comparar
O meu cérebro com a castanha do Pará
Não é difícil de comparar
O nosso cérebro com a castanha do Pará

A bem da verdade é mais fácil aceitar
O mundo assim do que só contestar
A vida é um processo de atuação
Se você quer ser alguém, se destacar da multidão

Abaixa a cabeça para obter atenção
Encolha o rabo e terá admiração
Se quiser ser ouvido é bom ficar calado
E que tudo fique no mesmo estado

Hipocrisia não é mais cinismo
Eu chamo de multilateralismo
Um afago para cá uma cusparada pra lá
E assim o país inteiro vai te amar

Não é difícil de comparar
O meu cérebro com a castanha do Pará
Não é difícil de comparar
O nosso cérebro com a castanha do Pará

Menina-Moça

Móveis coloniais de Acaju

Composição: André Gonzales e Leonardo Bursztyn

Menina moça
Eu não queria te dizer
Mas me parecia
Não querias compreender

Que pra ser o tal
Não é preciso ser
Bacana e sacal
Não é preciso ser
Sacana e banal
Não é preciso ser
Mas o difícil é entender
Que pra ser o tal
Não é preciso ser você


Talvez seja tal e qual
Quarenta e quatro vezes normal
Mas na vez seguinte, no ano seguinte
Você se tornará legal

Seu sorriso de Cepacol
Sua sempre mal passada carne de sol
Sempre acompanhada daquela gelada
E uma pelada de futebol

Que pra ser o tal
Não é preciso ser
Bacana e sacal
Não é preciso ser
Sacana e banal
Não é preciso ser
Mas o difícil é entender
Que pra ser o tal
Não é preciso ser você


Menina moça
Eu só queria te dizer
O que é preciso
Não está na cara
Mas está na Caras
Este mês

Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

Fernando Pessoa

fonte: http://www.pensador.info/p/o_divino_dorme_na_alma_duma_crianca/1/

Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta.

Fernando Pessoa
Texto do Livro "Imagens do Desaprender"

Na reflexão feita acerca das teorias do cinema, há seis maneiras de entendê-lo. Uma delas é o cinema como linguagem. Ele fala como que além de evoluir "O significado das palavras também pode involuir, ou esvaziar-se, como diz o poeta, ao falar de uma RUÍNA:

" Um monge descabelado me disse no caminho: 'Eu queria construir uma ruína. Embora eu saiba que ruína é uma desconstrução. Minha idéia era fazer alguma coisa ao modo de tapera. Alguma coisa que servisse para abrigar o abandono, como as taperas abrigam. Porque o abandono pode não ser apenas de um homem debaixo da ponte, mas pode ser de um gato num beco ou de uma criança presa em um cubículo. O abandono pode ser também de uma expressão que tenha entrado ao arcaico ou ainda de uma palavra. Uma palavra que esteja sem ninguém dentro. (O olho do monge estava perto de ser um canto.) Continuou: digamos a palavra AMOR. A palavra amor está quase vazia. Não tem gente dentro dela. Queria construir uma ruína para a palavra amor. Talvez ela renascesse das ruínas, como o lírio pode renascer do monturo.' E o monge se calou descabelado" (Manoel de Barros, poesia falada, v.8). "

-----Su: lindo!

É engraçado que para abrigar do abandono se tenha como objetivo construir algo “ao modo de tapera” o q engrandece o abandono do qual se trata! Porque tapera quer dizer:

“[Do tupi = 'aldeia extinta'.]

S. f. Bras.

1. Habitação ou aldeia abandonada.

2. Casa arruinada.

3. Fazenda inteiramente abandonada e em ruínas.

Ou seja, criar algo já em ruína para abrigar é uma condição que se quer dar bem modesta a algo que nem isso possui. Não é facilmente dar a vida a tal coisa que ele deseja, mas dar a condição mais simples e por isso (talvez) a necessária para um Renascimento. Se vc dá todas as condições que já conhece, só recria algo que já existia.

Fala do esvaziamento da PALAVRA amor como se já mais que arruinado ele estivesse, e até de ruínas precisasse... É mais sensato falar da palavra, pois seria muito difícil discutir o sentimento em si.

A meu ver essa palavra anda meio sozinha. A mistificação q se criou em torno dela encanta mais do q a realidade de vivê-la. E pela pressa de sentí-la acabam por correr atrás mais do título. O investimento pessoal fica nublado, à deriva, duvidoso... e quando a sensação de ser amado vai embora, vc fica sem saber se houve sentimento!


-----Sobre o Autor:
-
"...E por falar em ruínas, um dos poemas de Ensaios Fotográficos fala do seu desejo de construir uma, mesmo sabendo que a ruína é o estado final da coisa. “Sou eu querendo desconstruir a própria linguagem, as palavras, querendo chegar ao simples”, afirmou.

(fonte: http://www2.uol.com.br/JC/_2000/0305/cc0305a.htm)

- Em entrevista diz:

"Havia um certo fascínio em mim por cidades mortas, casas abandonadas, vestígios de civilizações. Um fascínio por ruínas habitadas por sapos e borboletas. Eu gostava de ver alguma germinação da inércia sobre ervinhas doentes, paredes leprentas, coisas desprezadas. As fontes de minha poesia, estou certo, vêm de errâncias desurbanas."

"
Exploro os mistérios irracionais dentro de uma toca que chamo 'lugar de ser inútil'."

(fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br/castel09.html)
"Por meus textos sou mudado mais do que por meus existir."

(Manoel de Barros, Coleção Poesia falada)

Fonte: na verdade tirei do livro que estou lendo "Imagens do Desaprender - uma experiência de aprender com o cinema" de Adriana Fresquet, p 30.

Su: Talvez existindo vc vá mudando mais mecanicamente. Lembranças mais soltas te guiem e talvez alguém chame isso de "ser natural". Mas a escrita me revela muito mais. Não para os que lêem mas pra mim mesma, pois só eu sei o que eu nunca vou escrever mas q me vem à cabeça. Ela me põe cara a cara comigo e me faz ver com outros olhos. Até pelo fato d decidir o q eu não vou escrever já me diz alguma coisa. Talvez uma fuga clara. Aí sento e escrevo uma versão. E quem mais gosta de ler o q eu escrevo é quem precisa disso: eu!
O que há de bom na minha Cidade III

No fim da jornada, deixei o caminho do medo. A chuva fraca nem conseguia apagar o fogo e eu continuava pensando nela. Fui até o mercado comprar o docinho da criança (coisas q engordem senão sumo!!) pra incentivar o bom costume d andar (mentira! estava afim de comer biscoito de limão sem leite há um tempão!!).

Via as pessoas simples pegando suas bicicletas velhas ao sairem do trabalho. Vestiam-se de formas tão diferentes daquelas do centro do Rio. Um jeito menos pomposo. Talvez metade de tudo isso estivesse nos meus olhos, mas era a impressão q tinha. É provável que as férias que separam mais alunos e gente daqui tb gere tal visão. Achava muitas vezes estar vendo quem aqui faz a vida seja por achar que aqui é suficiente ou por falta de chance de se mudar. As vezes dá um certo nervoso porque escolher algo sem comparar com outras vivências me parece muito duvidoso. Mas se estar bem é uma questão de estado de espírito e seja por dificuldades sociais ou falta de vontade existe a preferência por ficar... porque a vida dos outros me incomodaria? Não é suficiente que eu não queira a realidade q entendo desse lugar pra mim e tire daqui só o q é bom?

Aqui não se tem muita coisa pra fazer. E em lugares assim você tem duas alternativas: beber até esquecer quem vc é (muita gente faz isso em cidades pequenas!!hehehe) ou fazer amigos (e beber também, mas um pouco menos!!hehehe)!! Tem, inclusive, esperar pelas festas da universidade, curtir a natureza, a companhia.

Uma realidade a sua volta não te infecta se vc a achar ruim. Ela só te lembra que ela existe, se vc continuar correndo atrás dos seus objetivos!! E A Realidade de uma mairoria precisa ser lembrada! Porque têm coisas que precisam mudar na questão das condições sociais que só quem está numa posição social mais vantajosa pode alterar; ou, então, que o lugar simples e sem nada pra fazer seja, pelo menos, um lugar pra onde se possa voltar de modo não defintivo, quando se quiser um cenário de natureza calma e uma casa árabe, com jardim botânico, lagos, capivaras, e uma floresta como quintal!! Cavalos, cabrinhas e bois nos pastos... e um céu decente, pois na cidade têm muitas coisas pra arranhar os céus até sua vista ficar tão riscada que comece a contar prédios ao invés de estrelas!!




sexta-feira, julho 25, 2008

O que há de bom na minha Cidade II

Já a caminhada de hoje só fui eu pela ciclovia. Ainda tentei chamar minha amiga Vivi (adorável!!) mas ela estava ocupada. Só não é a melhor opção quando já está de noite, nas férias (fica mais vazio) e com o tempo chuvoso!! O sentimento do dia foi: o medo.

Andava porque gosto muito e não estou cansada devido a faculdade. Sou minha viajante companhia ou desfruto da companhia dos outros. O ritmo era mais confortável do que propriamente "exercitante", embora naturalmente rápido.

Na ida, a minha esquerda, estava a antiga Rio-São Paulo e a direita, A Floresta! Vendo que o caminho tinha pessoas, ia mais ou menos com elas. Primeiro me deixei levar pela esquerda. Quanta coisa se faz naquela estrada! Se sai ou volta pra casa; leva-se a carga ou o doente; foge-se do pedágio ou se vai a um encontro; mexe-se com as meninas da ciclovia; quase se causa um acidente o q leva a muitos xingamentos pra compartilhar o susto (hehehe); passa-se numa viagem ou um ônibus vazio roda chamando por alguém... Estrada dinâmica, de mão dupla. Quando tudo parecer a mesma coisa, ela oferece o movimento de diferentes cores, gente e objetivos até se alcançar a monotonia das mesmas coisas que passam!!

Aí os olhos procuram outro lugar. O caminho do meio, a ciclovia. Qualquer um ali é inesperado, devido as condições (férias, nublado,noite). Uns mais ameaçadores, outros não, grupos inofensivos, corredores, caminhantes, um cão vira-latas (nunca vi um gato sequer!!). Dentre tantos, aqueles que você viu sua vida inteira, de longe te reconhecem, de perto falam contigo e quando se distanciam, tudo volta ao normal: mais uma distância entre vc e uma pessoa q vc nunca conhecerá além da vista! Mas não fui indiferente. É bom ser lembrado.

Até que a direita me chama... Primeiro vem um muro de terra, depois a ponte azul com a linha do trem, e em seguida um "barranco", descidas pra parte mais baixa da Floresta, q é o q acompanha 70% da via.
Negro, com os caminhos q levam pra dentro da mata fracamente iluminados, não parecendo levarem a lugar nenhum, nenhum! Fantasmagóricos postezinhos no início de cada um, com uma mísera lâmpada para tão longa trilha!!
No breu, tudo é esconderijo e sons de bichos (nesse caso, pequenos). Acompanhando o tronco de uma das finas árvores até o céu, supomos estrelas escondidas pelas nuvens pesadas, avermelhadas pelas luzes da cidadezinha. Os topos das árvores mostravam que todo o negrume não era uma coisa só. Elas recortavam em negativo a vermelhidão das nuvens.
Medo... mas ainda sim eu seguia em frente. Talvez tivesse mais medo se estivesse passando de carro e me imaginando largada do lado de fora, com os caçadores a minha espera. Isso me faz pensar que o medo de estar do lado de fora do carro seja mais o do abandono do que o perigo em si. Eu não me arriscava. A certa adrenalina era melhor do q estar em casa, num lugar tão são e salvo onde também nada aconteceria!!

Estava ficando frio. Minha pele esfriava mas eu sentia calor. A chuva começava a cair! Eu tanto esperava quanto torcia por ela!! Ter a alma lavada na rua seria um complemento pra tudo que eu deixava inspiradamente pelo caminho!! Qualquer um podia saltar da mata "do nada" (o que é subestimar um lugar tão cheio de possibilidades) e me errastar por todas as chances que me punham medo como o escuro, as cobras, os homens que só sabem tomar ao invés d conquistar... mas a minha passagem era exorcizante!! A minha endorfina, indispensável!! Até o fogo que começou a queimar no muro de terra fez parte da minha boa noite: me preocupou. E Cássia Éller não podia cantar pra mim:

"
Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir"

Porque eu estava em busca das sensações, não desistiria dos sentimentos e nem fugiria de mim. Eu estou em tratamento. "Tomando a diversão como um remédio", diria Marcelo. E vendo quanto mundo tem ao meu redor além daquele q eu tinha eleito! Vendo que eu não sou como tentei ser porque sou mais feliz de outro jeito. Quero do meu lado quem é feliz comigo e não apesar de mim.


O que há de bom na minha Cidade I

Aqui temos uma bela floresta!! De dia, pra quem teve vontade ou veio a oportunidade primeiro, tem como andar por ela sem se perder, pois as árvores são marcadas, sendo só o caminho inicial cimentado. É outro cenário verde dentro de um espaço que já é "rural". Andei poucas vezes por ela porque ir sozinha é meio perigoso. Sempre tem um perturbado querendo interromper nossa paz!!

Passando por um de seus lados tem a ciclovia da cidade. Nela tem uma ponte azul que passa por cima de uma curiosa linha de trem cargueiro, além de saírem dois ou três caminhos pra se entrar na floresta. Muito convidadativos são eles enquanto durar a luz do dia! Mas a noite, hora da minha caminhada de hoje e de ontem, a floresta é aterrorizante!! Principalmente se o céu não está estrelado, como estava na nossa caminhada (eu, minha irmã e meu lindo, lindo amigo Juliano!!) de ontem!!

A ciclovia tem ainda uma saída que leva ao prédio principal da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) , nosso destino! Ele já é bonito pela manhã e a noite... seus arcos semi iluminados refletem na água de seu laguinho central só a pouca luz de seus corredores (não ficam todas acessas) e pra mim parece uma grande e ainda mais encantadora habitação árabe!! O terceiro andar não é completo e tem uma ponta que é iluminada e outra não. A parte mais escura pareceria o lugar perfeito de onde se poderia partir o tapete de Aladim... O céu estrelado também estampava o lago e fazia mais próximas de nós as constelações que Juliano tentava apresentar!! O lugar era calmo e a nossa conversa muito agradável!! Foi uma daquelas noites em que tudo era perfeito!!
Ali têm bonitas e diferentes árvores, tudo gramado em volta!! Estávamos sós mas também acompanhados, pois em algumas salas ainda se tinha aula. Nada que desse para ouvirmos!! Alguns patos já fizeram parte do adorável lugar, mas hoje não se encontra mais nenhum!!
Ficamos umas 3 horas conversando até resolvermos fazer o caminho de volta pra casa. Somando foram 4 quilômetros que muito felizes fizemos indo e voltando, ainda que estivesse bem frio!!hehehe

Passamos por trás do Instituto de Biologia novamente, onde nos prometemos chegar um dia mais cedo para conversar em cima de uma das suas atraentes árvores!! Ou tirar fotos do jardim botânico!! E dos outros lagos! Ainda tem um lago perdido que muito poucas pessoas foram por se tratar de um caminho difícil que não dá nenhum sinal d água por perto!!

Como se a noite já não estivesse boa o bastante, vimos uma luz crescendo por trás da folhagem negra sob a ponte azul!!! "Não acredito" falei animada!! O trem vinha chegando!! Ficamos na ponte até ele acabar de passar por baixo de nós!! "Esqueci de contar os vagões" falei ao que Ju respondeu "eu também"!!hehehe Q peeeeeena!! ;0)) Foi lindo!! Ele não estava muito cheio. Este é um trenzinho q torna a minha cidade mais poética!! Ele se foi e nós também!!

terça-feira, julho 22, 2008

Me revelar

Ônibus: finalmente bom de novo!

Ontem, na volta pra casa, recém chegada de Minas Gerais, fui pegar o ônibus para minha cidade. Estando ele cheio de gente e eu cheia de mala, resolvi esperar o próximo. Sentia falta de conversar com alguém! Além disso: o meu tipo de papo, do meu jeito, sem o dever de me conter para agradar... eis q surge Arthuuuuuuuuuuuuuuuuur!!!!

Das nossas viagens, nossas imaginações sobre quatro rodas, veio a sacada:
Su: - ... Eu não consigo fazer desenhos grandes!! Sempre vejo mais os espaços vazios e fico tentando preenchê-los!!

Art: - Mas os espaços vazios também são o desenho...

Tudo que você faz te põe em jogo. Calar demais é se defender. Enquanto não falar, não fizer, vc se preserva. Mas o q se ganha sendo o mesmo pra sempre?

Somos uma massa instável da qual não se consegue tirar só o que não se gosta. Gostos e desgostos se enrolam e sustentam-se, dividindo veias e artérias estratégicas que crescem com a gente. Mudar é um processo doloroso que pode levar a sangramentos sérios, pois, as vezes, os problemas estão muito lá no fundo e pouco evidentes. Ameaçado o q é vital pra nós, é mais fácil achar q o resto do mundo está errado! "É mais fácil ficar com raiva do q entristecer." Mas, ainda sim, dificilmente vc encontra alguém prepotente o suficiente pra achar q não precisa mudar em nada!

Sou detalhista, sempre procurei preencher o meu vazio... Arthur acho q sabia q não falava só sobre arte quando me falou que o desenho também é o espaço onde nada tinha. O vazio é uma parte. Eu sou muito exigente quando estou mais vazia do q cheia e constantemente não admito isso. Tento preencher a mim e ao outro mas, numa via de mão única, faltam as duas mãos que te apertem no final do abraço q vc precisa!!


Me Revelar
(Zélia Duncan)

Tudo aqui quer me revelar
Minha letra , minha roupa, meu paladar
O que eu não digo, o que eu afirmo
Onde eu gosto de ficar

Quando amanheço, quando me esqueço
Quando morro de medo do mar

Tudo aqui
Quer me revelar
Unhas roídas
Ausências, visitas
Cores na sala de estar

O que eu procuro
O que eu rejeito
O que eu nunca vou recusar

Tudo em mim quer me revelar
Meu grito, meu beijo
Meu jeito de desejar

O que me preocupa, o que me ajuda
O que eu escolho pra amar

Quando amanheço, quando me esqueço
Quando morro de medo do mar

Tudo aqui quer me revelar
Unhas roídas
Ausências, visitas
Cores na sala de estar

Tudo aqui quer me revelar
Unhas roídas
Ausências, visitas
Cores na sala de estar
O que eu procuro
O que eu rejeito
O que eu nunca vou recusar

Tudo em mim quer me revelar

[[[Anti-Telejornal]]]

Composição: Samuel Rosa e Rodrigo F. Leão

Hoje nasce meu filho
Hoje vou me casar
Hoje dentro do espelho
Vou poder enxergar
Pais, mães, irmãos
Ruas, bairros, cidadelas
E o quintal dos corações
Onde moram as coisas belas
Hoje vou namorar
As solteiras e as casadas
As jovens, as carquebradas
As lindas e as descuidadas
Meu amor vai se espalhar
Pelas camas e calçadas
Nas prisões e condomínios
Nas favelas e esplanadas
Hoje andarei sobre as flores
Amarelas do ipê
Espalhadas pelo chão
Antes de anoitecer
Cantarei no meu velório
Dançarei nos braços da vida
Dormirei com a minha amada
Vida boa de ser vivida
Sem farsa, conchavo, sem guerra
Sem malta, corja ou trapaça
A vida é um drible ágil
Entre as pernas da desgraça
Hoje eu vou inventar
O antitelejornal
Pra passar só o que é belo
Pra passar o essencial



comentário: "Já 'Antitelejornal' aparece como uma crítica ao critério de escolha das notícias na televisão."
fonte: http://www.supernoticia.com.br/otempo/noticias/?IdEdicao=325&IdCanal=4&IdSubCanal=&IdNoticia=29340&IdTipoNoticia=1


Su: As vezes somos como esses telejornais. Topando uma vida manipulada comum pra manter a perdível ingenuidade!!
Meu amor não vai se espalhar a troco de nada! Ele usará mais o seu quintal no hoje que achar pra ele, pois não parará sua busca!
Limites... melhor vê-los através de um plano para superá-los. Afinal, quem melhor do q eu pra cantar no meu velório? Pode ser estranho mas é sincero e honesto o q digo!! O q me faz feliz deve ser essencial e belo pra mim!! E, no meu fim, é aí que quero ter chegado!

(I could be a little bit unfair... I just seem. There´s sense.)
Minha máxima:

As pessoas são insubstituíveis mas não são indispensáveis!

S.N.
Mutação

Em qual ponto começar? Que pontos seguir? Reticências, pingos nos is, ponto final... juntá-los todos e formar traços inteiros! Retorcê-los e acreditar nas letras!

A cigarra não pode mais com seu pequeno exoesqueleto! Pra crescer, tem q mudar! E abandona sua casca, que é uma boa memória do q ela era pra continuar a ser outra coisa!!

Tirar asas de dentro dos corpos das lagartas e jogá-las no vento. Vão procurar voar. Vão procurar não se machucar.

E quando a mutação é para designar um contínuo processo do não dito? As cordas vocais agarradas calam a voz que não é ouvida. É melhor não falar do que não encontrar o ouvido que acolheria.

A colher ia enfiando guela abaixo tudo q precisava passar. Era engolir ou se engasgar. A vida não acabava ali. Era digerir e voltar... que a volta fosse por cima!
Que a volta fosse por outro caminho e não mais a espera pelo chão vazio, onde ninguém passa. Onde ninguém mais fala. Onde ninguém mais escuta. E onde a saudade não sabe mais do que sentir falta já que parece que nada há.

O q era bom e o que fazia bem agora fazia precisar de remédio. E este exige q se abra mão do vazio. Pra remediar um exterior num certo ponto só, só uma alma cheia de alegria. Encher a alma exige responsabilidade, pois isso não se dá no encontro com outros vazios.

O mundo está cheio de vazios carismáticos. Que eles possam ser felizes também.
Eu vou tentar voar e cantar bem longe porque a negligência me fez matar por morrer de fome! Minha canção vai tocar no rádio e a rua vazia vai se encher das minhas vibrações. Eu componho uma falta que outros podem sentir.

quarta-feira, julho 16, 2008

Panis Et Circenses

(Pão e Circo)

By : Marisa Monte

Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol

Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e leões nos quintais
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Mandei fazer
De puro aço luminoso punhal
Para matar o meu amor e matei

Às 5 horas na Avenida Central
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Mandei plantar
Folhas de sonho no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes, procurar, procurar

Mas as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer...


Pra quem prefere em inglês:

I wanted to sing
My song enlightened by the sun
I set the sails free upon the masts
I set tigers and lions free in the backyard
But the people of the dining-room
Are busy to be born and to tie

I´ve ordered a shining steel dagger
To kill my love and I killed him
At 5:00 PM in the Central Avenue
But the people of the dining-room
Are busy to be born and to die

I´ve ordered dream-leaves to be
Planted in the garden of the mansion´s sun
The leaves know how to seek for the sun
And roots they search an search

But the people of the dining-room
Are busy to be born and to tie...



Su: Eu quis cantar! Eu canto. Meu canto iluminado de sol não basta. Queria-se um talento que não era substituível pela diversão!!

Soltei os tigres e os leõs nos quintais!! Queria ver o que poderia mudar porque antes d´eu chegar ali não poderia ser igual àquilo tudo depois d mim!! Faço diferença. Mas q diferença é feita? Isso vem de dentro d cada um e pode se perder por lá. Mas o q houve em mim eu vejo. NÃO ESQUEÇO NADA porque é assim q tudo me faz crescer. Pelo bem ou pelo mau, agora amadureço. Porque a vida não é simples e eu não só tenho como POSSO lidar com isso. Não sem dor, mas com o prazer d me ver maior, passada a tempestade. As moedas em q o lucro se reverteu pagam o preço inevitável. Tenho o q é pra mim. O q poderia ter sido não me deve fascinar mais do q o q foi. Porque só conheço as ruas pelas quais passei. A ilusão deixo para os talentosos!!! Fico com meus futuros novos sonhos!!

A CONQUISTA é minha intenção!! ObTER é conseqüência. Vou dançando pelo caminho. Se sou forte agora é porque admiti a fraqueza enquanto aprendia. É porque um dia não foi SIMPLES que hoje é mais fácil.

Os tigres assustam mas são de mim. Fazem parte da fuga da normalidade que eu quero. Não me dão status mas me garantem bons dias!! Dias raros.... caros para uma "menina cara"!!! Só eles me mostram e atraem o que de melhor posso TER: boas lembranças. Lembranças em q entram pessoas. A solidão é útil mas se ninguém te marca, você pode estar perdendo toda diversão! A entrega não é perda: é troca! A aventura está na escalada, no vôo, no salto e na natureza humana tb!!

Minha casa será iluminada!! No meu quintal, não se temerão os leões a espreita. Quando eles se aproximarem, uns estarão mansos, outros arredios e com tudo lidarei! Sem garantias e nem estabilidades porque o preço da liberdade é assim, alto!

Damos o que temos. Meu punhal não poderia ser diferente de mim. Com luminoso punhal matei meu amor. Curioso fazer isso num mundo onde ele falta! Mas a morte não é desnecessária ou má! A inexistência é que é o problema! Mas vir a existir e morrer fertiliza a vida! Tive uma hora e um dia em q isso deveria ter começado. Resisti a princípio mas o fiz por fim. Nada é pra sempre. É preciso que se termine um para que se dê lugar a outro. Nós não seremos os mesmos amanhã.

Agora é continuar a procurar, procurar!! Várias coisas e não uma só. Planto meus sonhos e eles procuram acordar. Alguns dormem pra sempre, é a própria morte. Mas a condição do meu jardim é o sol, e só quando ele engolir a Terra é q eu vou saber se realmente terá chegado a hora d parar.


Society
Eddie Vedder
Composição: Jerry Hannan


It's a mystery to me
we have a greed
with which we have agreed

You think you have to want
more than you need
until you have it all you won't be free

society, you're a crazy breed
I hope you're not lonely without me

When you want more than you have
you think you need
and when you think more than you want
your thoughts begin to bleed

I think I need to find a bigger place
'cos when you have more than you think
you need more space

society, you're a crazy breed
I hope you're not lonely without me
society, crazy and deep
I hope you're not lonely without me

there's those thinking more or less less is more
but if less is more how you're keeping score?
Means for every point you make
your level drops
kinda like its starting from the top
you can't do that...

society, you're a crazy breed
I hope you're not lonely without me
society, crazy and deep
I hope you're not lonely without me

society, have mercy on me
I hope you're not angry if I disagree
society, crazy and deep
I hope you're not lonely without me




Su: filme excelente esse "Na Natureza Selvagem"! Pus essa música aqui porque a conheci nele! E me conheci mais um pouco tb!!

segunda-feira, julho 14, 2008

12 de maio passou...

... e em julho chove torrencialmente!!!







("...") *1

Esquece isso. Finge que não sabe. Não transpareça q viu.
Mas não me esquece. Porque eu sou especial.



*1 "..." -> algo q muda toda hora! Só reticências comporta! Inventada por alguém que queria responder muita coisa mas não podia sossegar e numa frase só petrificar-se! Mudança constante! Nada me contém. E isso não me detém mais!