sábado, março 29, 2008

Pinta de diário


Eu sou essa imensa vontade de mudar.
Medo e preguiça me mimam, e vejo conforto onde não deveria. Só não é a melhor opção, embora as vezes bata essa imensa vontade de não estar em lugar nenhum e, ainda sim, não fazer falta.

Amar é bom, gostar é importante, lidar com outros sentimentos é engrandecedor... quanto trabalho! Sua vida não ser os seus ideais e vc sentir-se lascando-se todos os dias, antes de construir alguma coisa.


Se existir fosse negociável e não houvesse tanto contratempo entre eu ser e o q eu acho certo, o q seria diferente?

Existem idéias, coisas e pessoas demais. Caminhos demais a seguir. Comecei a achar que é importante gostar de algo com paixão pois isso reduz o mundo a um tamanho administrável.
(do filme “Él Ladron de Orquídeas” = “Adaptation” = “Adaptação”)


Entre críticas e algumas dores, vem a paixão! Traz outros tormentos mas tem um quê de fundamental no q é!! Um mundo tão grande, de tantas obrigações, as vezes só precisa de alguns momentos parado apenas pra se sentir bem! E ter alguém pra isso é quase como ser tão feliz quanto possível!!




su: amo felipe!!
Aula
talvez, uma aula de verdade!

A burguesia quis tanto prezar o nome de sua familía q acabou por perder os próprios filhos!! Na aparente dicotomia entre repressão e corpo de prazer, vem um observador e aponta q ambas as faces foram criadas pela mesma história! ùtil a política e a economia do Estado, a criança é objetivada e entregue cinicamente aos pais como um corpo a ser vigiado. Como se fosse possível q estes evitassem a lida da criança com seu próprio corpo de prazer! Em troca de tanta benevolência, uma vez q o Estado, ou a pedagogia ou a medicina trataram de construir tão belamente a família célula, com o mínimo de intermediários, deveria ser permitido a eles educar tais crianças! Em outras palavras, criaram para si realmente corpos aptos ao trabalho e conseguiram que lhes fossem entregues ainda pequenos!

Falando num nível prático, o problema não é educar mas sim que tipo de educação está sendo imposta! Ainda é a da normalização aonde um aluno mal comportado "é caso de polícia" (ou de psicólogo, ou de pedagogo), devendo ser entregue a um poder normalizador. Nunca se tem o olhar que vê que este aluno põe a escola em discussão justamente porque ele não se adequa. Não deveria este estabelecimento ver rachaduras em seu sistema? Não... porque a lógica moderna não só insiste no útil como também insiste na disciplina e assim culpa quem diverge dela. Tem-se q se mostrar q és capaz de cumprir ordens, de entrar na linha e ajudar esse poder disseminado a se fortalecer como se ele fosse Natural! Por que é natural que numa escola a criança tenha q se comportar?
Nada é natural.
O ser humano é histórico.
Ele cria todas as suas necessidades e problemas.
Antes a criança nem existia! Era um pequeno adulto q já cedo deveria aprender tudo q o mais velho sabe! Dizia Arriés que ela poderia morrer q nem era considerado grande coisa na Idade Média, já que ainda não estava "pronta"!

Ao criar necessidades e problemas, a história também cria uma falsa dicotomia entre repressão e prazer. Por mais q essas idéias se oponham, elas servem ao mesmo propósito: a utilidade e disciplinamento. Como? Porque o prazer foi criado numa criança onde antes não era visto. E a repressão foi criada logo em seguida, para que estas crianças saíssem da alçada de seus pais, aos quais foram entregues em primeira mão. Os pais, considerados inaptos para "cuidar" de (vigiar) seus filhos, tiveram como única função continuar tentando a vigília, enquanto o médico é que, de fato, penetrava na família e era o detentor da sabedoria que levaria a cura dos infantes!

A atualidade é um grande palco onde o poder se dissemina (se invisibilizando) e se fortalece conforme atravessa as atitudes das pessoas sem questionamento.


Su: (aula da UFF de "psicologia e formação", segundo o meu entendimento a respeito de um fragamento de um livro de Foucault chamado "Os Anormais")
Acho q foi Lacan q disse "um filho nasce quando se começa a pensar nele". Reprosução do meu professor de teorias psicanalíticas Vidal! Olha q barato! Se eu tivesse nascido primeiro ele teria me "copiado"! Quanta honra!!! Vide post de Quinta-feira, Janeiro 31, 2008!!
Perda


tchau, tchau.

Lembro do que quero. Pra quem tem boa memória, eu sou inesquecível. Ambiguidade mal resolvida: boa a memória q lembra ou boa memória vivida? Certas coisas são inadmissíveis. E por isso se perde a graça de tentar de novo. O difícil se torna improvável enquanto se perde o bom q poderia ter sido!
A tristeza q me causou vai passar. E eu? Depois de tudo q fiz, do início ao fim, passarei? Quando antes não se teve nada e a partir dali se começa a contar, quem passou fica. Como uma boa lembrança ou como uma assombração. Do corpo se afasta mas de si mesmo não se foge. Revolta-se, distorce o vento, compõe-se dolorosamente... e nas ruínas de si, vive-se lutando para ser o mesmo! Mas o tempo passa. Devorando e assolando os mais fracos, deixando neles só inevitável!