segunda-feira, setembro 29, 2003

Tópico Número 4

Formas-pensamento

O
pensamento de Sally


Sally
percebeu
a falta de jeito dela. Sally não se sentiu nada
bem com a nova babá e começou a chorar. A babá, tentando fazê-la
parar, começou uma série de jogos de faz-de-conta que implicava
fazer caretas. Isso só aumentou o medo de Sally e a fez chorar
ainda mais. A vizinha, totalmente frustrada, pegou Sally,
levou-a para o quarto e largou-a na cama. Quando bateu a porta
atrás de si, esbravejou: “Você é a pior criança que eu já
vi.” Naquele momento de vulnerabilidade, Sally decidiu: “Há
algo de errado comigo”.






Quando
ficou
mais velha, ocorreram incidentes e foram criadas
formas-pensamento semelhantes para completar o sentido da
convicção principal: “Há algo de errado comigo.” Essas formas-pensamento
semelhantes ligaram-se à forma-pensamento-raiz como os ramos
do cacho de uvas de que falamos. Todas as áreas da sua vida
foram afetadas por essa convicção básica – da qual, diga-se
de passagem, ela estava totalmente inconsciente.


A
figura 3
contém alguns exemplos de situações da vida real
que poderiam brotar de uma convicção anterior de que “há algo
de errado comigo”. As convicções relacionadas – sobre uma
visão fraca aos 6 anos, dificuldade nos estudos na adolescência,
problemas de trabalho aos 30 anos e um conflito de relacionamento
aos 40 – puderam desenvolver-se todas de uma única convicção,
simples e limitadora: “Há algo de errado comigo.”



Naturalmente,
essas mesmas
situações poderiam nascer de outras convicções
originais. Se você se relaciona com uma dessas condições,
não suponha que se trate da mesma convicção. Examine melhor:
pode ver padrões de experiência repetidos na vida das pessoas
próximas a você? E quanto a você? Continua tendo uma experiência
recorrente? Que convicção poderia estar por trás dessas situações?


Freqüentemente,
as pessoas
têm comportamentos inexplicados que seriam
descritos como “auto-sabotagem”. É como ter no seu subconsciente
um pequeno duende muito travesso. Volta e meia ele faz algo
estranho – geralmente no momento inadequado – sobre o qual
você parece não ter controle. Pelo menos, é o que parece.
É aquele comentário inoportuno durante um encontro importante
que simplesmente liqüida a oportunidade com a qual você estava
contando. Você sai do encontro resmungando para si mesmo:
“Por que eu fui dizer aquilo?”

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