Quarta, 13.11.2002
Um dos remédios me deu alergia (pq estava mt forte a concentração) então era melhor ficar em casa e ver como ficaria o resultado (argh! já estava doida p/ sair da clausura!!). Minha auto-estima já tinha começado a baixar... Foi então que descobri Renato Russo... o cd “Equilíbrio distante” em q ele canta em Italiano. Só ouvi as músicas q eram da Laura Pausini pq foram as únicas q eu sabia do q falavam. Estava tão transtornada. O pesadelo, meus pais se separando e a decepção, natal quebrado chegando (sempre fui a primeira a querer montar a árvore, agora minha mãe tem falado e eu tenho escapado), meu tratamento, ameaça d frio etc. O q poderia me trazer o equilíbrio? Foi aí q comecei a ouvir a voz do Renato e o q ele poderia me passar. Tentei resistir mas... adormeci.
Tudo pra mim acontece num nível mt profundo. Só descubro o quanto algo me atinge, após acordar d um sonho. Isso pq o meu consciente não admite de imediato q quer q aconteça q possa me fazer entristecer. Por isso os pesadelos. O Renato trabalhou num nível tão elevado no meu íntimo q eu sonhei com ele nessa tarde em q o pus p/ cantar pra mim.
Resumidamente assim: Eu estava num campo enorme, enorme, enorme....não sabia p/ onde andar. Estava estranha, sem apoio, sozinha. Cheguei numa casa e algo me dizia q deveria ter receio d me aproximar. A família presente me tratou mt bem e Rescalla estava lá (com a roupa do colégio) sentado em cima d um barril (lembram do outro sonho? Barril me lembra bebida alcoólica....) e riu p/ mim. Meus olhos se encheram d lágrima e eu comecei a não me sentir bem pq o riso dele parecia forçado, indigno, e saí. Sentia-me meio perseguida por outros, ruim a sensação... Então, as meninas do colégio (quem mais se destacava era a Flávia mas todas estavam lá, pelo q sei) estavam numa outra casa comigo. Eu tentava acalmar a Flávia pq dois meninos q assaltaram um tal lugar (eram violentos) passavam na nossa rua e estávamos sozinhas. Só q, de repente, eu fui afastada e me vi na oportunidade d sair da casa e ir procurar ajuda. Fui andando pela rua... fiquei perdida... os tais meninos olharam p/ mim e eu saí andando... Novamente triste e sozinha e com a ameaça deles 2. Uns antigos amigos passaram mas nada fizeram. Aí o Renato R. chegou e conversou um pouco comigo até q me levou p/ casa dele, onde tinha mais 3 amigos dele (eram trigêmeos negros... pq? Isso eu não sei). A gente foi d moto e eu pouco entendia pq eu achava q ele tinha morrido, né!!? Ele me acalmava, falava com aquela voz maravilhosa em q estava no referido cd... e então acordei sabendo q tive um sonho. Sentia-me consideravelmente aliviada...
Pareço saber o porquê d todo o sonho, praticamente. Consigo transferi-lo p/ vida real com um bom encaixe tb.
Fui dormir no quarto da minha mãe pois, se tivesse mais algum pesadelo (vcs não tem noção d como são!!), pelo menos não estaria tão longe da paz dela... a minha paz andou p/ longe d mim nessa noite. Chorei sim... detesto admitir isso mas foi necessário. Eu não sei chorar direito. Não deixo me trazer mt alívio porque tudo p/ mim tem q ter um porquê e meu orgulho é alto demais p/ aceitar q algo possa merecer minhas lágrimas, qualquer uma delas. Quando me virem chorando aliviada, batam palmas... terá sido a primeira vez.
Cadê cabeça p/ estudar p/ alguma das provas? Acabei usando o tempo p/ fazer um bilhetinho costurado com linhas coloridas e algumas pedrinhas p/ cordão p/ o Léo.
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