terça-feira, abril 06, 2004



Chão De Giz

Desço dessa solidão
Espalho coisas sobre um chão de giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas, amiúde...
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes

Disparo balas de canhão
É inútil pois existe um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar, quem sabe
Uma camisa de força
Ou de Vênus

Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro

Nem vou te beijar
Gastando assim o meu batom.

Agora pego um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Pra sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "Boy", "That's over, baby!"
Freud explica

Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou te beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes, já passou o meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular

No mais, estou indo embora
No mais, estou indo embora
No mais...

(Zé Ramalho)


Su: não tem a ver com o momento q estou vivendo mas essa música me toca há um certo tempo. "Queria usar, quem sabe / Uma camisa de força / Ou de Vênus" essa parte é boa d ouvir a qualquer hora!!

"há meros devaneios tolos / a me torturar"

Fonte da foto do fotolog: Isso não é vida, é um sonho roubado

SuNamastê
X.


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