Abarca meu corpo num teu só!

Vem!

Num gesto bem amplo me abre seus braços, me leva pra você e diz com seu peito colado ao meu que lembra de mim! Perde a postura, se inclina pra frente, complementa minha altura, encosta a orelha no meu pescoço, a bochecha no meu ombro e fala pro meu lado esquerdo que sente saudade de estar ali por mais tempo! Inclina-me pro lado, entorta-me pra trás levemente pra que eu continue a respirar todos os sentidos daquele momento! Pra mostrar que vou contigo, envolvo-te também, fazendo parte da mesma história! Indo enquanto você nem pensa na volta! As mãos correspondentes se falam em diferentes costas, se alimetando dez vezes de tudo que compreende o que os braços não rodeiam! De olhos fechados vou nos caminhos por dentro, respirando por todos os póros, com medo de cair dos seus ouvidos, da sua boca, dos seus olhos pro temível lado de fora, que nunca será tão quente quanto ali! Dentro da sua ternura, nadando no seu corpo, até perder a tensão que será recobrada na hora em que se anunciar o desenlace! Não o soltar somente, mas o ter que ir... porque se ficar além da hora, nunca mais se voltará a ser tão bom quanto antes! Então me abraça, porque ainda me quer naquele lugar como se não fosse em parte ir!

SuN em 30.04.07