De olho na cerveja
A profusão de bichinhos adoráveis, atores jovens e saudáveis e mulheres esculturais nas propagandas na TV começa a ficar com dias contados.
Uma amostra do q li aqui pra vcs:
Uma das principais recomendações do Conar diz respeito ao apelo erótico e infantil apresentado por muitas das peças publicitárias de bebidas. “As mulheres nunca foram retratadas num nível tão baixo quanto hoje. Elas são tratadas como coisas”, diz Silvio Mieli, professor de comunicação e especialista na área de imagem. “Essas coisas acontecem porque o brasileiro tem fama de ‘deixar passar’. Tudo aqui pode. Os publicitários fazem o que querem, como querem e quando querem. E quando alguém reclama de alguma coisa, eles alegam liberdade de expressão”, afirma.
Algumas mudanças já podem ser vistas nas campanhas mais recentes. A Brahma, por exemplo, que já teve como mascote uma tartaruga digital, não usa mais esse tipo de “bichinho”. A Skol veicula atualmente uma propaganda focada na responsabilidade social, mostrando que quem bebe não deve dirigir.
“Usar elementos infantis nesses comerciais é uma irresponsabilidade social dos publicitários e das empresas. E isso tem um objetivo claro: levar o álcool para consumidores cada vez mais jovens. Esse tipo de apelação deveria ser banido liminarmente”, conta o professor Lalo.
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"A concorrência entre as empresas de bebidas causou uma exacerbação da ligação entre o consumo de álcool, a juventude e os esportes. E isso é uma propaganda enganosa”, avisa o professor Lalo.
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Entretanto, ele mostra que a ligação entre os elementos normalmente mostrados nesses comerciais está mais arraigada nas pessoas do que se imagina. “Historicamente os brasileiros associam futebol, mulher, cerveja e carnaval. Até por ser um produto predominantemente masculino”, explica.
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Mas, segundo a assessoria do Ministério da Saúde, o objetivo não é proibir as propagandas, mas apenas definir alguns limites.
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“As agências terão que se adaptar, valorizar as mensagens ligadas ao produto. A criatividade das agências terá que se direcionar para mensagens simples, de valorização da marca. Este é um mercado muito competitivo e exige reinvenção constante das agências. Só não pode diminuir os investimentos na área”, afirma.
Su: Finalmente alguém parece q vai tomar uma providência!!
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