quinta-feira, agosto 13, 2009

"O Misantropo"


É um filme q não precisei ver todo pra mudar algo em mim. O barato de se brincar com as palavras é vê-las confrontarem-se casualmente mais do que propositalmente. No propósito, intenção demais deixa uma idéia boa magra de outras idéias... beleza nenhuma se descarta, mas algo falta pra quem lembra das obras compostas sem querer e melhores dos que aquelas que queríamos mais!
Esse filme me acordou para uma fuga q eu fazia. Na falta de tempo para me decompor em palavras acabei brincando com elas como máscaras umas frente as outras... deixando q se encadeassem por aparência d rimas, pela oposição, pela semelhança... e ia me desculpando, assim, por faltar tempo para as idéias. Não me condeno, tudo me diverte, mas chegado o filme tive q reconhecer a bronca.
Do tipo de filme q uma maioria infinita teria como monótono, fico mais feliz de ter feito tanta diferença pra mim. No momento da importante parte eu não dormia, não me deconcentrava, não havia música que me desse uma emoção que não me chegasse pelo diálogo primeiro, não tinha cenário que me fizesse sentir aconchego ou riqueza e vestissem assim os raciocínios, as roupas deixavam claras, no máximo, a distância entre aquele tempo e o século atual....... e o principal eram as idéias nuas, as atuações expostas e um posicionamento audacioso para os tempos de hj (era o cerne da questão)!
Não contarei o filme porque já vai acabando a madrugada, mas, como belo exemplo de misantropia, um personagem ousou falar para um marajá q não gostava de suas poesias. Q eram meros desfiles de palavras ao invés de uma forte idéia. Dando exemplo do que seria realmente rebuscado citou algo de alguém conhecido na época em que um amante daria, finalmente, no auge de seu desespero, até Paris pela amada (numa narração mais rebuscada e menos direta, óbvio!). Aquilo sim era poesia...

Entendi!

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