domingo, maio 18, 2003

Quem você pensa q é?

Nós escolhemos o valor das coisas. Se olhamos demais, se pensamos nela demais, se falamos tanto nela, não tem como negar q aquela bobeira (pessoa, situação, coisa) acaba sendo realmente valorizada. Aí não precisa entrar a questão do merecimento porque é uma opção nossa: fazer ou não fazer. Não tem nada pior do q pensamentos obsessivos!! Quando não é doença, é temporário, cabe a nós usarmos a nossa capacidade d autodominação para diminuir o tempo q esses pensamentos duram.

Engraçado q quando vc vai falar pra uma pessoa q ela está se preocupando demais com determinado assunto bobo ela passa a achar q vale tudo pra negar o inegável e diz “mas eu estou só falando” (há mais d 3h!!), “estou só olhando” (há mais d 1 ano!!), entrando numa d menosprezar os próprios atos. Se é tão vergonhoso assim ficar se perturbando com uma coisa chata na cabeça, por que não experimenta admitir q acabou se importando mesmo e falar q agora sim vc vai fazer algo pra sair dessa situação?

Eu aprendi q é muito mais fácil quando vc admite essas coisas logo mas q também não vale fazer isso na presença d alguém q só está tentando fazer vc se sentir mal.
Aí eu entro num problema. Eu posso dizer pra mim mesma, portanto, sem o perigo d ouvidos difamadores, q não vou mais me importar mas eu ainda preciso das palavras, quando é uma questão d pensamento. Quando é ação é mais fácil pois passa a ser só deixar d olhar ou falar...

Talvez eu seja um caso d alguma surdez interior... mas eu sinto como se meu cérebro fizesse novas conexões quando sou obrigada a por algo em palavras, o q acaba gerando um aumento na capacidade d solução do problema. Hahaha... Nesse caso seria só isso.
Mas tem vezes q eu vejo q é uma forma d discutir com alguém interessante se estou fazendo a coisa certa. Pensar sozinha sempre não é muito bom. Eu tenho plena consciência d q faço bobeiras comuns por achar q nunca vão me levar a mal. Mas não é sempre q as pessoas vão se interessar pelo porquê das coisas q faço (eu sou assim e acabo esquecendo q isso não é comum). Aliás, é uma minoria q se preocupa em ver as verdadeiras intenções d alguém, quando esse alguém lhe pisa o calo. Na maioria das vezes eu quero ter os olhos q enxergam por trás dos atos, apesar d muitas vezes saber q não é fácil,.

Por que tem aqueles q demoram tanto a ver q, por baixo d sua capa tão liberal e isenta d frescuras, há alguém querendo ser intocável? Por que é sempre um problema e nunca uma boa intenção q leva alguém d fora a se meter na sua vida? E ainda tem aqueles q fazem shows com grandes manipulações e transformam a realidade em fatos mais d acordo com a possibilidade d nunca ser ele próprio o grande culpado (até certo grau isso normal mas tem gente q chega a ser absurda!!).
Não existe ninguém auto-suficiente e, apesar d ouvirmos isso d TODOS, POUCOS sentem o quão desprotegido se tem q ficar pra aceitar essa realidade, ou seja, poucos aceitam essa idéia, d fato. Não ser auto-suficiente quer dizer aceitar os outros inclusive no lado escuro d sua personalidade. Talvez não tenha chegado a pessoa certa q vá conseguir fazer isso e a gente tenha q se por em situação d espera mas... só quem sabe o q é não só SER mas se COMPORTAR como alguém dependente d outro alguém, vai ver os esperados chegarem.
Falando do q acho sobre as pessoas reservadas, isso não quer dizer q elas não tenham ninguém. Só falam menos aos ouvidos q não as instigam.

Ser intocável, permanecer inalcançável... isso não vai evitar q os assuntos delicados lhe apertem o coração pelo simples fato d não depender do toque ou d chegar em algum lugar pra isso pois as situações externas não criam nada q já não exista dentro d nós. E o desconhecido só desperta.

Acredito q, muitas vezes, confundimos o “saber quem somos” com o “saber o q queremos ser”. Ou por estarmos realmente perdidos ou, por medo d deixar os outros saberem quem somos, nos magoamos um pouquinho dando as descrições do segundo quando nos perguntam do primeiro. Quem não admite os próprios sentimentos aos outros, tem a ele mesmo, não precisando d mais ninguém para ser atingido. Baixar a guarda pode ser muito mais difícil se acabarmos por acreditar nas mentiras q contamos.
Eu não sou ou fui uma pessoa d mentir assim mas são incontáveis as vezes q tentei me proteger com algo parecido... um contorno dos fatos, digamos. Embora sempre ouvisse, há pouco tempo foi q tive a oportunidade d provar pra mim mesma q talvez eu saiba q baixar a guarda, apesar d não ser fácil, é só o q preciso pra conseguir resolver as coisas do meu jeito (q não dava muito certo... vai ver, achei o elo perdido!!) e assim ser mais forte.
Agir d acordo com os meus ideais não é nada fácil mas vale a pena seguir o q acredito. Faz-me ficar muito d bem comigo!

Eu tenho a impressão de q são muitas as pessoas q gostam d parecer perto mas estão distante dos outros. Se gostam d parecer perto, por que se é tão infiel aos próprios gostos e não se assume os riscos pra ser o q se gosta?
E àqueles q dizem “sou próximo aos outros”, eu não me refiro a se aproximar para entender os problemas alheios porque creio q a maior coragem está em SABER revelar os próprios.

Eu sou uma pessoa só intrometida se nunca quiserem me ver como alguém q está tentando ajudar a resolver algo. Isso porque eu chego próximo aos outros não só através das circunstâncias mas também através do q passo e assim, através dessas tentativas d identificação, acabam confiando em mim e me permitindo entrar em áreas mais restritas d sua vida.
E quando tento com desconhecidos, sei q ninguém é obrigado a me aceitar e sou obrigada a entender, inclusive, o jeito errado de ser mostrar isso. Mas eu não ligo para o preço q vou pagar por ser assim porque eu procuro lembrar muito bem com quem estou lidando.

Quem convive comigo já me ouviu dizer q trato minha vida como um grande laboratório e meus amigos, e quem mais conviver comigo, vão sempre ser “objetos d estudo”. Portanto, até inimizades terão sempre um lado bom q é o d serem adoráveis cobaias! Aí eu escolho o q eu vou querer guardar deles: desaforos ou lições. Toda essa história é porque a gente não pode parar d estudar e experimentar nada pra mais aproveitar e achar novos diluidores d tensões!! Mas tenho q admitir q sou favorecida nesse sentido por um gostinho natural pela psicologia....

De modo geral, é importante se dedicar ao O Q SÃO as pessoas. Isso as torna cada vez mais suportáveis porque elas não são nada além do conhecido e tudo pode ser compreendido. Vc passa a usar as palavras “confuso”, “incompreensível”, “impossível” só em expressões para enfatizar suas histórias.
Vc passa a vê-las como fontes das quais vc quase sempre vai poder estabelecer uma relação d troca se vc se dispuser a fazer isso e também vai saber q tem gente cuja mina vc simplesmente não possui o material adequado pra trabalhar nela.


SuNamastê
Xa TA Zac Xa Ta aMAc

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