sábado, novembro 24, 2012

Ainda sou pássaro...

Ainda sou pássaro...


Ana Sarah Gomes:
"Os pássaros ainda me fazem sentido, mas os sinto livres de mais agora. Agora os vejo mais acelerados, mais contentes.. Antes eu apenas era como os pássaros. Antes, o vento não me fazia cair, e nem arrancava minhas fol

has.. O vento me impulsionava.
Antes, a chuva não pesava minhas asas, hoje ele as arranca.
Antes, o medo de alçar voo não me impedia de tirar os pés do chão.. Hoje ele me põe pra dentro dos ninhos.
Hoje, as coisas não mudaram, somente eu.. É preciso ter o novo, mas com as mesmas forças.

Eu ainda sou pássaro, ainda sou vento, ainda sou Ana. "



Ana Sarah Gomes:
"Eu ainda penso nos pássaros, mas agora os vejo com outros modos.. Acho que amadureci, entendi que os pássaros bonitos estão nas gaiolas, mas ainda cantam quando o dia nasce. Sempre associei pássaros à liberdade, mas fora das gaiolas.. Mas depois entendi que liberdade é um pássaro voando com gaiola e tudo."



SuN:
MAs o pássaro não nasceu da gaiola e nem dormiria dentro dentro dela... Não houve nem o trabalho do ninho e prender um filhote parece ser suficiente pra manter aquela vida viva em outro lugar longe do céu (esse acontecimento q se dá quando tiramos os pés da terra! O céu é perto! Num salto ele logo começa! Iamgine voar... imagine não voar...)
Quem somos pássaros? O q construímos e o q realmente serve pra nós? Podemos gostar d coisas q não nos fazem feliz... Dentro d uma gaiola o vento não t impulsiona, ele t empurra... Alguns pássaros caem do ninho cedo demais, mas são feitos pra voar! Em alguma medida o sentido da vida é claro no nosso corpo?
Como querer bem a chuva se esquecerem sua gaiola nela? Não sei o q os pássaros pensam mas se eu pensasse como um pássaro...
Só q humano vejo uma vida muito mais indefinida. Onde estará o meu instinto? O q é meu ninho? Meus filhotes duram mt mais... Invejo o canto do pássaro e penso q talvez ele não precise da felicidade e possa viver comigo, a partir d como posso amá-lo. Não seria a natureza dele mais simples e ele mais feliz, na verdade, sem o q tenho pra dar? Não poderia eu ser mais feliz como um pássaro livrando-os nos trãnsitos do céu? Inventei a simplicidade dele pra me consolar? Não...desinventei a riqueza porque esta ideia não me acrescenta nada.
Olho pra dentro d mim: julgo meu corpo errado por que não tenho asas pra alcançar meus "quereres e estares sempre afim"? Sou outro animal... quais sonhos servem pra mim?

Animal d outras simplicidades q inventou a escrita, lê, leio e encontro outros sentidos:

"Os pés esguichados denunciam o medo
De que o prazer fuja
Entre os dedos

O melhor do teu cheiro
É essa vontade que ele deixa
De te seguir
Pelas ruas

Me deixa ficar assim
Feito barro
Feito sujo
Terra, imundo
Debaixo de tuas unhas

Três garrafas de vinho depois
E correria
De Copacabana ao Leblon
Só para te levar umas flores
Amarelas

E fez do caos
E da agonia dela
O seu pequeno sossego

Ps.:
Quando vier não esqueça
De trazer junto a você
O cigarro blend
Que eu gosto

Viver
É só esse amontoado
De quase morte

Para não haver malentendido
Te chamarei de ninho
Pois é só onde encontro paz
Apesar dos gravetos"

Rodrigo Alevino

E no final da poesia posso até virar gato q, livre do destino felino, não preciso comer passarinhos!

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