“Me atentaste pelo ouvido
...sussurros de tentação!
E a voz trajava o libido
Furtava a cor das palavras
Prá me deixar sem ação
Um ser só... ...de assanhação!
Aí me achei perdido
Remando na contra-mão
Levitei ao me lançar
No mar que teus olhos são
E teu perfume exemplar
Afagava ao me afogar...
Pousou-me um medo bonito
Do modo que me olhavas
Dei conta que teu sorriso
-já tão meu ar e meu pão! –
de arpão então me fisgava
E em festa te fui servido.”
Altair de Oliveira In: O Lento Alento
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