sexta-feira, março 02, 2012

Um conto real, para uma pessoa real

Um conto real, para uma pessoa real!

Valeu por cada casa-palavra, Cynthia !

"Chegando cansada da noite, dos shows, dos sambas, cansada d algumas pessoas e coisas, descansada ao lado d amigos, cansada pelo fim dos tempos que diziam já estarmos no dia seguinte... enfim, chegou na casa onde passaria o resto da madrugada. Era uma casa grande e bem habitada por muitas cabeças dormindo. Cada uma estava envolvida com seus próprios sonhos e desventuras, tão típicas da loucura para a qual vamos após fecharmos os olhos!

Primeiro a pessoa jantou, na varanda, pra contar as luzes da cidade. Na verdade ela tem admirado cada vez menos a cidade (a aniversariante do mês!) e foi comer na brisa fresca da noite! É q é tão comum admirar algo de uma varanda q é o primeiro pensamento q dá vontade d mostrar! Mas esse pensamento tem despertencido a ela cada vez mais... mas admite q é admiração pela vista q descreve o seu primeiro encontro com a vista daquela varandinha!

Terminada a janta, desceu as escadas e foi fazer um agrado ao cão da casa: dar pra eles ossos d um bicho morto q ela queria parar d comer um dia! Ela sabia q ele tinha dificuldades para se levantar. Era a velhice chegando. Ela tinha medo da velhice. Ela se sente "de volta no passado" todos os dias, pois sabe q ficará velha e irá querer voltar aos tempos d hoje. Quando o cão tentou levantar a primeira vez e tombou, o mundo envelheceu 50 anos. Quando ele tentou se levantar d novo e outra vez caiu, ela sentiu falta do cão: ele estava velho já.

Queria entender como natural a velhice, mais uma vez, trabalho q sempre fazia. Mas... o choro não se negou naquele momento castigado d dó. Chorou muito, sozinha, de noite. Um choro tão acompanhado de anos pensando em como o tempo passa e que todos passamos e que estamos passando. Anos de tristezas, alegrias e algumas insatisfações fundamentais para realizar o novo e as suas aventuras, às vezes perigosas!

A cada passo na direção do banho ia superando o choro cravado no coração. Amava o cão. Do nada, sempre pensava num cão q nem era seu. O amor ao sentir pena é assim tão válido? Nunca achou q fosse. Mas sentia ternura pelo cão. Válido ou não sentia.

Hora d dormir. Sua impaciência veio fingir que ela não estava mais triste, apesar do dia bom! Meio cega pelo escuro onde ficamos todos n[os míopes mesmo na mais clara luz do dia, foi tateando a mesa, achando os detalhes q precisava para dormir em paz.

Viu um postal em cima da mesa. Fuçar a distraía. Podia jurar q era "O Caminito" que visitara na Argentina ano passado. Pensou: "por que esse postal? Todo mundo está indo pra Argentina mesmo!". Viu algo escrito atrás. Mas como era curiosa, gente! Viu um "y" e um "th" no nome do autor e não acreditou: o postal era d uma pessoa incrível e... para ela! Todo escrito era poesia, carinho e cor! Pronto... a noite já recebia os primeiros socorros! Instantâneamente a noite abriu os olhos. Feliz e mais calma a noite sorriu!"

Bjos moça!

Sem comentários: