segunda-feira, julho 04, 2011

Transplante de Medula Óssea

Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas

É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças benignas ou malignas que afetam as células do sangue. O transplante de medula óssea consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova.

O conceito fundamental para o transplante tem como base que todas as células que circulam no sangue, ou seja, os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas são originadas de uma única célula que fica na medula óssea, denominada célula progenitora ou célula-tronco (“stem cell”). Por isso, atualmente muitos especialistas preferem utilizar o termo transplante de células progenitoras hematopoéticas (TCPH).

A primeira etapa do procedimento do transplante consiste na coleta de células progenitoras hematopoéticas. Estas células estão localizadas principalmente dentro de ossos chatos, tais como bacia, esterno, vértebras e costelas.

Existem duas formas de coleta destas células: a primeira é feita diretamente através de múltiplas aspirações da medula óssea contida no osso da bacia com agulhas especiais, e a segunda forma é realizada através da utilização de substâncias que estimulam as células progenitoras a circularem em grande quantidade do sangue periférico e com isso serem coletadas através de um processo de “filtração” do sangue em procedimento denominado leucoaférese. Com este segundo procedimento, o sangue é separado e as células progenitoras são alocadas de acordo com o seu peso e armazenadas em um compartimento especial. A opção para cada uma das formas de coleta depende do tipo de transplante a ser realizado dentre outros parâmetros a serem definidos pela equipe médica.

O paciente é então submetido à quimioterapia com ou sem radioterapia em doses aparentemente capazes de erradicar as células da doença e consequentemente as células normais da medula óssea. À esta quimioterapia damos o nome de condicionamento. A reconstituição hematopoética se inicia após a infusão na corrente sanguínea das células coletadas previamente. Com a infusão de células progenitoras em quantidade suficiente do próprio paciente (denominado transplante autólogo) ou de um doador próximo e compatível (denominado transplante alogênico), a função da medula e a produção das células do sangue são restauradas de maneira suficiente a permitir a recuperação de um tratamento intensivo.

A indicação para o transplante de medula óssea depende do tipo de doença, do estágio da doença e da idade do paciente. O paciente deverá estar preferencialmente em remissão (isto é, com doença controlada). Não são todos os pacientes portadores de leucemia ou linfoma, por exemplo, que têm indicação para realização do transplante.

Indicações de transplante de medula óssea

O transplante de medula ou células progenitoras hematopoéticas está indicado para pacientes portadores de mieloma múltiplo, linfoma de Hodgkin, linfoma não-Hodgkin, leucemia mielóide aguda, tumores germinativos, neuroblastoma e doenças caracterizadas por insuficiência medular, tais como mielodisplasia e anemia aplástica grave entre outros. Obviamente, existem particularidades na indicação de transplante para estas doenças no que se refere às características específicas de cada doença, por exemplo, se o procedimento deve ser feito como parte do tratamento inicial ou apenas após uma recidiva. No Brasil, estão bem definidas estas indicações e o momento adequado de sua realização, regulamentados por Portaria do Ministério da Saúde que define as indicações para o transplante não-experimental, ou seja, quando há evidência científica já consagrada na literatura médica.


Fonte: http://www.coinet.com.br/pagina/?CodPagina=47


Su: Vai ficar tudo bem, mãe!

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