Formas-pensamento
Jardins
e Prisões Construídos
Pela Mente
As
formas-pensamento assimiladas por cada um moldam seu cotidiano
e seus projetos de futuro. É necessário tomar consciência
delas e descartar as que impõem limites, substituindo-as por
convicções potencializadoras.
Por
Bruce I. Doyle
Salvador
Dalí, Sombras da Noite Descendo/Museu Salvador Dalí, St. Petersburg, EUA |
Compreender
a estrutura das formas-pensamento o ajudará enormemente
a compreender seu impacto nos sistemas de convicções, de todos
aqueles pensamentos que você aceita como verdadeiros.
Na
minha visão, as formas-pensamento tendem a agrupar-se
e agregar-se, como um cacho de uvas. Tome um cacho de uvas,
arranque as uvas e terá um arranjo de raminhos indo em todas
as direções. Conforme se aproximam do ramo central, eles vão
ficando mais grossos e fortes. No final, tem-se o ramo “principal”.
Na minha analogia, o ramo principal iguala-se à forma-pensamento-raiz
– a forma-pensamento inicial e mais enraizada, que é a causa
primária do assunto envolvido. Com qualquer idéia, assunto
ou situação nova, a forma-pensamento inicial que você gera
estabelece o padrão básico ou a matriz da experiência. Os
pensamentos e convicções subseqüentes relacionados com aquele
tema ligar-se-ão à forma-pensamento-raiz como os ramos em
um cacho. Para esclarecer um assunto, você tem de, literalmente,
“arrancar a forma-pensamento original pelas raízes”.
Um
antigo colega meu, quando depara com algo novo, geralmente
diz: “Isto não vai ser fácil.” Adivinhe o que acontece? A
vida dele é cheia de obstáculos que exigem enormes esforços
para serem superados.
As
convicções limitadoras mais fortes e mais influentes com
que você terá de lidar provavelmente estarão ligadas ao conceito
que você tem de si mesmo (as suas convicções sobre como você
vê a si mesmo). Suas afirmações do tipo “Eu sou ____”. Essas
convicções geralmente têm origem na infância e/ou na meninice.
Freqüentemente, elas são classificadas como “condicionantes”
ou “programantes”.
Não
usaremos nenhum desses termos. Para mim, eles implicam
que alguma coisa foi feita “para você”, contribuindo para
gerar culpa e afastar toda responsabilidade pessoal. Ninguém
além de quem acredita – além de você – pode aceitar ou optar
por uma convicção.
Assim,
mesmo como uma criança, você fez uma escolha. Uma vez
que a experiência provavelmente envolveu alguém numa posição
influente, naturalmente você aceitou a avaliação dessa pessoa.
Que razão você teria para duvidar da avaliação que faziam
de você? Nenhuma.
Este texto é um excerto do livro Antes que Você
Pense Outra Coisa, de Bruce I. Doyle III, lançado no
Brasil pela Editora Cultrix. Tradução: Carlos
Alberto Netto Soares.
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