05.06.06
Não vou nem contestar...

Adorável Toque de irrealidade

(Texto adaptado d um livro)



Preenchendo vazios



As pessoas costumam achar q têm um papel limitado na vida, o q as deixa infelizes. Tem pessoas q podem ser qualquer pessoa e representar muitos papéis. (O arquétipo aqui é o de Zeus, sedutor insaciável de jovens virgens, cuja principal arma era a capacidade d assumir a forma da pessoa ou do animal que mais agradasse a sua vítima.) Estas, não se dobram ao peso da própria identidade. Esta sua liberdade, esta fluidez de seu corpo e espírito, é q os torna atraentes. O q falta na vida das pessoas não é mais realidade, a pura e esmagadora, e sim ilusão, fantasias, brincadeiras... É o encontro da ilusão com a realidade.

Nada d rabugentos moralistas q ficam resmungando contra tudo aquilo q, no íntimo, gostariam d fazer um pouco parte, mas vivem se preocupando com o q as pessoas pensam!!

As vezes tudo é uma questão d blefe! As pessoas querem ser enganadas.... elas anseiam por serem seduzidas!

As crianças vivem principalmente pra brincar e fazerem coisas agradáveis! Os adultos em geral se sentem expulsos desse paraíso, sobrecarregados com tantas responsabilidades. As pessoas, na verdade, estão esperando o prazer – não o conseguem d forma satisfatória d amigos e amantes, e não o obtém sozinhas! Quem entra em sua vida oferecendo aventura e prazer é... irresistível!!!

As pessoas estão morrendo d vontade de ser conquistadas, de abandonar a sua costumeira teimosia. Às vezes, a sua resistência a nós é uma forma de dizer: “Por favor, me seduza.” As possibilidades d prazer fazem com q sigamos uns aos outros, nos abrindo e nos tornando suscetíveis ao toque! Ser sensível ao prazer também é uma forma d contaminar as pessoas a sua volta!





"Não está em poder d nenhum homem controlar os artifícios d uma mulher." Margarida d Navarra





"A falta d afeto, a neurose, a angústia e a frustração tratados pela psicanálise surgem sem dúvida da incapacidade d amar ou de ser amado, da incapacidade d dar e aceitar o prazer, mas o desencanto radical tem origem na sedução e no seu fracasso. Só aqueles que se mantém totalmente externos à sedução adoecem, ainda que permaneçam com plena capacidade d amar e fazer amor. A psicanálise acredita tratar do distúrbio de sexo e desejo, mas na realidade está lidando com distúrbios de sedução (...) As deficiências mais graves sempre estão relacionadas com o encanto e não com o prazer, com o encantamento e não com uma satisfação vital sexual." - Sedução, Jean Baudrillard