terça-feira, julho 22, 2008

Mutação

Em qual ponto começar? Que pontos seguir? Reticências, pingos nos is, ponto final... juntá-los todos e formar traços inteiros! Retorcê-los e acreditar nas letras!

A cigarra não pode mais com seu pequeno exoesqueleto! Pra crescer, tem q mudar! E abandona sua casca, que é uma boa memória do q ela era pra continuar a ser outra coisa!!

Tirar asas de dentro dos corpos das lagartas e jogá-las no vento. Vão procurar voar. Vão procurar não se machucar.

E quando a mutação é para designar um contínuo processo do não dito? As cordas vocais agarradas calam a voz que não é ouvida. É melhor não falar do que não encontrar o ouvido que acolheria.

A colher ia enfiando guela abaixo tudo q precisava passar. Era engolir ou se engasgar. A vida não acabava ali. Era digerir e voltar... que a volta fosse por cima!
Que a volta fosse por outro caminho e não mais a espera pelo chão vazio, onde ninguém passa. Onde ninguém mais fala. Onde ninguém mais escuta. E onde a saudade não sabe mais do que sentir falta já que parece que nada há.

O q era bom e o que fazia bem agora fazia precisar de remédio. E este exige q se abra mão do vazio. Pra remediar um exterior num certo ponto só, só uma alma cheia de alegria. Encher a alma exige responsabilidade, pois isso não se dá no encontro com outros vazios.

O mundo está cheio de vazios carismáticos. Que eles possam ser felizes também.
Eu vou tentar voar e cantar bem longe porque a negligência me fez matar por morrer de fome! Minha canção vai tocar no rádio e a rua vazia vai se encher das minhas vibrações. Eu componho uma falta que outros podem sentir.

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