domingo, março 20, 2011

Patada CRIAAda, José!

Como se criaa uma patada?

Só melhora: a patada veio d cargo mais alto agora, "José"! Saber ser profissional é pra quem sabe trabalhar... e não para qualquer um q trabalha.

O problema é achar q será como na faculdade!
Q vc poderá introduzir desvios sem q achem q estás querendo implodir o projeto e t calarem.
Q haverá uma produção coletiva por e-mail qndo na verdade há o voto do silêncio e um "amigo" t diz q estás querendo aparecer!
Q, como escrito no projeto, "os profissionais d saúde precisam d treinamento": menos o monitor experiente desde o primeiro dia, né? Rs

"Mas vc não morre"



Uma poesia muito a ver com o grande momento:

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?

E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou
;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse
Mas você não morre,
você é duro, José
!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?


Carlos Drummond de Andrade.

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