segunda-feira, dezembro 24, 2007

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É dia de Clark Gable que segundo Paulo Francis, era o único macho certificado do cinema. E põe macho nisso.
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Durante uma década, ele foi o Rei absoluto da Metro-Goldwyn-Mayer. De 1932 a 1942, ele era o cara, foi o auge de Gabe, muito embora ele viesse a falecer em 1960.
Mas vamos "começar do começo".
William Clark Gable nasceu em 1901, em Ohio, filho de descendentes de alemães. Perdeu sua mãe aos 7 meses de vida. Clark estudou apenas até os 16 anos de idade, quando passou a trabalhar com o pai na extração de petróleo em Oklahoma. Alguns anos mais tarde, decidiu que seria ator e foi.
Não foi fácil e tem alguma lógica. Gable quando novo era uó. Orelhas de abano, um rosto que em nada fazia prever o ícone de sensualidade que se tornaria. Mas ele não desistiu e tratou de fazer figuração enquanto aquele rosto ganhava mais personalidade. Alias, têm homens que a idade só faz melhorar e quando as rugas chegam adquirem uma masculinidade quase palpável. Com Gabe foi assim. A idade deu personalidade e aquele sorrisinho meio de lado que seria uma marca registrada dele.
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Gable e Garbo
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Com o início do cinema falado, no começo dos anos 30, Gable, não só já tinha adquirido um visual mais interessante, como pode revelar uma voz marcante, o que vamos combinar, faz toda diferença num homem. Um homem de 1,85 com uma voz que não fosse poderosa, não rolava.
A época era favorável para tipos como ele. Junto com o fim do cinema mudo, galãs românticos, nobres não cabiam mais na telona. O mundo pedia homens decididos em suas vidas e dispostos a baixar a bola das mocinhas mimadas.
Cabe aqui uma pausa. Enquanto Gable fazia suas pontas e aos poucos ia cavando seu lugar ao sol, ia também casando. Foram cinco casamentos, inclusive com Carole Lombard que antes do casamento foi sua amante por longos sete anos.

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Loretta Young e Gable
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Gable era o cara e até quando fazia vilões, o público vibrava junto. Um exemplo disso foi um tapa devolvido a Norma Shearer no filme "A free soul". Desferido o tapa, Gable, que viveu um gangster nesse filme, tinha o platéia no bolso.
Em 1933, ele dá um trato no orelhão e nos dentes, surge definitivamente o galã.
Foi aí que o ego falou mais alto e ele achou que podia recusar papéis, mas Louis B. Mayer não concordava e o cara tinha fama de mau. Pela ousadia, ele terminou emprestado à Columbia que era um estudiozinho na época. Mas o que poderia ser um tremendo azar acabou rendendo um belo Oscar para ele. Lá ele estrelaria "Aconteceu naquela noite" com Claudette Colbert e deu no que deu...

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Clark Gable e Vivian Leight

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Muitos filmes depois e fama consolidada, Gable faria o papel que lhe daria acesso a eternidade. Obviamente trata-se de Rhett Butler, o cafa mais famoso do cinema e o filme "E o vento levou".
Em 1939, mesmo ano do filme, Gable resolve a parada com a atriz Carole Lombard, sua amante. Abandona a espora e se casa com ela. Tudo perfeito, tão perfeito que uma fatalidade muda o rumo dessa história. A bela atriz Carole Lombard morre prematuramente em um acidente aéreo.
Deprimido, Gable se alista e parte para lutar na Segunda Guerra mundial de onde voltaria somente em 1945, após o término do conflito.

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Depois da guerra nada seria como antes, alias, para ninguém e também para ele. Fez mais alguns filmes, até que 1960 filmou "Os desajustados". Seria o último de sua carreira.
Clark Gable morreria antes da estréia do filme vitimado por um enfarte fulminante.


Blog: Literatus

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