Entender é sempre limitado. (...) Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Txt inteiro:
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completo quando não entendo. Não entender, do
modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de
espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha,
como ter loucura sem ser doido. É um desinteresse manso, é uma doçura
de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um
pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
(C.L.)
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