No Ar
O Teatro Mágico
Composição: o teatro mágico
Na varanda
Onde o ar anda depressa
Vai embora na conversa
Nossa pressa de ficar
Na varanda
Onde a flor se arremessa
Onde o vento prega peça
Nos traz festa pelo ar
Na varanda
A criança se debruça
Mãe, menina ainda fuça
Nos cabelos a ninar
Na varanda
Onde a lua se levanta
Nossa rede se balança
Serenata pra acordar
Joga a trança
Busca o chão e não o céu
Qual barquinho de papel
Sonha ir de encontro ao mar (2x)
E a noite vem
Sendo o descanso do sol
E a ponte vem
Sendo a distancia de quem tá só
Um sol
Com a cabeça na lua
A lua que gira, que gira, que gira...
E a noite vem
Sendo o descanso do sol
E a ponte vem
Sendo a distancia de quem tá só
Um sol
Com a cabeça na lua
A lua que gira, que gira, que girassol
Su:
O vento, festejando com as pétalas que encontrasse no seu curso, quebra a manhã em estrelas. A lua quase tocava o sol! Era meio dia, era meia noite, tão pertos! Passava o tempo tão rápido! Só ficava a vontade de voltar!
A criança divertia-se. Nem se dava conta que o motor da rede era o mesmo do cafuné: aqueles dedos todos de mãe se confundindo com o sabor da ventania!! A varanda, enfeitada com as folhas do quintal, era o lugar dos pés descalços, do cachorro agitado, do pai pra ele, sem mais nada pra fazer.
O guri tinha sede, ia pedir água. Piscou de cansaço. Sonhou com um lago. Quando abriu os olhos, já era outro dia! “Se não tivesse piscado, teria brincado mais” pensou.
Ela ia notando o que era distância. Crescia. Os passos largos deixavam pegadas cada vez mais longe umas das outras. Às vezes ela queria só ficar! Achava que se não saísse do lugar, se não piscasse, nada mudaria! Seria forte, não dormiria da próxima vez!
Mas q decepção: viu raiar o dia! Não podia contra o tempo! Como ficar? Só buscando de novo outra tarde é que voltaria aos cafunés, a balada da rede tocada, ao pai cheio do q fazer com ele... Então ficar não era parar, era ir em frente. Voltar, não era retroceder no tempo: era tê-lo de novo, era viver outra vez!
Quando se aprende que ficar não é parar? Quando, mesmo parado, se percebe que em volta tudo muda. Agora a criança sabe voltar.
O Teatro Mágico
Composição: o teatro mágico
Na varanda
Onde o ar anda depressa
Vai embora na conversa
Nossa pressa de ficar
Na varanda
Onde a flor se arremessa
Onde o vento prega peça
Nos traz festa pelo ar
Na varanda
A criança se debruça
Mãe, menina ainda fuça
Nos cabelos a ninar
Na varanda
Onde a lua se levanta
Nossa rede se balança
Serenata pra acordar
Joga a trança
Busca o chão e não o céu
Qual barquinho de papel
Sonha ir de encontro ao mar (2x)
E a noite vem
Sendo o descanso do sol
E a ponte vem
Sendo a distancia de quem tá só
Um sol
Com a cabeça na lua
A lua que gira, que gira, que gira...
E a noite vem
Sendo o descanso do sol
E a ponte vem
Sendo a distancia de quem tá só
Um sol
Com a cabeça na lua
A lua que gira, que gira, que girassol
Su:
O vento, festejando com as pétalas que encontrasse no seu curso, quebra a manhã em estrelas. A lua quase tocava o sol! Era meio dia, era meia noite, tão pertos! Passava o tempo tão rápido! Só ficava a vontade de voltar!
A criança divertia-se. Nem se dava conta que o motor da rede era o mesmo do cafuné: aqueles dedos todos de mãe se confundindo com o sabor da ventania!! A varanda, enfeitada com as folhas do quintal, era o lugar dos pés descalços, do cachorro agitado, do pai pra ele, sem mais nada pra fazer.
O guri tinha sede, ia pedir água. Piscou de cansaço. Sonhou com um lago. Quando abriu os olhos, já era outro dia! “Se não tivesse piscado, teria brincado mais” pensou.
Ela ia notando o que era distância. Crescia. Os passos largos deixavam pegadas cada vez mais longe umas das outras. Às vezes ela queria só ficar! Achava que se não saísse do lugar, se não piscasse, nada mudaria! Seria forte, não dormiria da próxima vez!
Mas q decepção: viu raiar o dia! Não podia contra o tempo! Como ficar? Só buscando de novo outra tarde é que voltaria aos cafunés, a balada da rede tocada, ao pai cheio do q fazer com ele... Então ficar não era parar, era ir em frente. Voltar, não era retroceder no tempo: era tê-lo de novo, era viver outra vez!
Quando se aprende que ficar não é parar? Quando, mesmo parado, se percebe que em volta tudo muda. Agora a criança sabe voltar.
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