segunda-feira, outubro 27, 2008

" Neste ponto creio que estamos diante de um risco, sempre presente no ser humano, um risco demasiadamente humano, como diria Lacan: sempre preferimos desfazer-nos de determinada coisa, idéia, modo de agir ou o que seja que comece a falhar em seu êxito, a ter que reconhecer que o fracasso em questão atesta, na verdade, uma falha nossa. Jogamos, como se diz, a criança com a água do banho” para não ter que reconhecer uma falha. Criamos, então, rapidamente a idéia de que esta coisa “já era”, já não importa mais, não existe mais, é página virada, questão ultrapassada. O trabalho de atravessar a falha, que começa por reconhecê-la mas exige muito mais, exige que cada um se veja nela, na falha, se faça o equivalente dela, para, por dentro dela, ir além dela, é muito penoso e preferimos adotar logo outro “modelo”, quando seria bem mais corajoso e eficaz transformar nosso modo de agir de modo a realizar melhor uma proposta, ao invés de destroná-la e colocar outra no lugar. O destino desta nova proposta, a mantermos nossas viseiras, será evidentemente o mesmo da primeira, e pularemos de “galho em galho”, de ideal em ideal, para não perdermos as ilusões dos modelos ideais."



Su: e olha que o texto nem fala "disso"! Ele se chama "A Rede de Atenção na Saúde Mental - articulação entre CAPS e Ambulatórios" por Luciano Elia. * Muito elucidativo!! Sempre acho q é outra lucidez q temos quando a gente sabe algo, depois lemos isso que supostamente já sabíamos e ainda lembramos: alguém escreveu isso!!

*II. O CAPS e o Ambulatório

Sem comentários: